Avaliação da acuidade visual em escolares no Município de Herval d’Oeste - SC
Resumo
Introdução: A acuidade visual é definida como a capacidade do indivíduo em reconhecer detalhes de um objeto em um determinado espaço. Para estimá-la, conforme indicado por Zaparolli, Klein e Moreira (2009), utiliza-se a tabela de Snellen, a qual é um método universalmente aceito como teste de triagem. Os problemas oftalmológicos destacam-se entre as causas mais freqüentes de problemas de saúde entre escolares, sendo observada estreita relação entre os problemas visuais e o rendimento escolar, que por consequência, limitam o aprendizado e o desenvolvimento intelectual, psicológico e social.
Objetivo: Avaliar a prevalência de baixa acuidade visual nos alunos de 1° ao 5° ano do ensino fundamental em duas escolas municipais de Herval d’Oeste – SC.
Metodologia: Estudo de natureza quantitativa e intervencionista. A população de estudo foi composta por alunos matriculados no 1° ao 5° ano do ensino fundamental em duas escolas da rede municipal de ensino de Herval d’Oeste no ano letivo de 2011, totalizando em 420 alunos. A coleta de dados foi realizada durante os meses de junho a outubro de 2011, após aprovação da pesquisa no CEP – UNOESC. A análise da acuidade visual contou com a aplicação de um questionário padrão com as variáveis: sexo, idade, percepção da própria visão, uso de óculos e as medidas de acuidade visual através da tabela de Snellen, posicionada a 5 metros de distância do aluno. A intenção do trabalho foi detectar através de um teste de triagem, deficiências na acuidade visual dos escolares e possibilitar o seu manejo adequado.
Resultados: A amostra da pesquisa de 318 alunos foi estabelecida conforme assinatura do TCLE por responsável. Destas, 158 (49,6%) eram meninos e 160 (50,3%) meninas, com faixa etária entre 5 e 15 anos. Conforme os dados do questionário, 266 (83,6%) crianças consideraram ter boa visão, 29 (9,4%) acreditaram enxergar mal e 21(6,6%) não souberam responder. Após a realização do exame, 30 alunos apresentaram baixa acuidade visual (<0,7 na tabela Snellen) e foram encaminhadas ao atendimento oftalmológico. Após a consulta com o médico, 23 (7,23%) necessitaram de óculos, os quais foram obtidos através de doações. Os diagnósticos mais prevalentes na amostra foram: miopia, astigmatismo e hipermetropia.
Conclusões: A detecção precoce da baixa acuidade visual por meio do teste de triagem aplicado no presente estudo possibilitou o manejo adequado dos quadros já estabelecidos, a promoção da saúde escolar e a prevenção de maiores distúrbios visuais nas crianças participantes da pesquisa.
Palavras-chave
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