Análise de transtornos de humor no programa hiperdia de uma Unidade de Saúde da Família
Resumo
Introdução: Os transtornos de humor como depressão e ansiedade são acometimentos extremamente prevalentes na população geral. A prevalência da depressão na população geral varia de 3 a 11% e em pacientes de cuidados primários é de aproximadamente 10%. Transtornos ansiosos são ainda mais prevalentes, sendo estimados que 17,6 % da população brasileira sofra de algum transtorno de ansiedade com maior prevalência entre as mulheres em todas as faixas etárias. A avaliação dessas comorbidades é de interesse para equipe de saúde na abordagem de comorbidades e para atingir o resultado esperado na população.
Casuística e Método: Foi realizada análise transversal retrospectiva via preenchimento de formulário de pacientes cadastrados no programa HiperDia de uma Microárea Unidade de Saúde Guaraituba de Colombo e que participaram de pelo menos uma das últimas três reuniões do Programa de maio a agosto de 2011 e aqueles que foram dispensados mediante a justificativa. Os prontuários físicos eram selecionados de acordo com a listra de presença das reuniões do Hiperdia e separados juntamente com os Agentes Comunitários de Saúde da Microárea.
Objetivo: Analisar a prevalência de transtorno de humor em pacientes cadastrados no Programa Hiperdia da Unidade de Saúde da Família Guaraituba de Colombo-PR.
Resultados: Dos 114 pacientes avaliados, 76 eram mulheres (63%) e 44 homens (37%), descreveram-se 157 comorbidades em acompanhamento clínico. Transtornos de humor estão presentes em 9 pacientes (7,89% dos pacientes avaliados). Depressão foi diagnosticada em 4 pacientes (2,55% do total de comorbidades descritas e prevalência de 3,48%), sendo 2 mulheres e 2 homens. Ansiedade esteve presente em 5 pacientes (3,18% das comorbidades descritas e prevalência de 4,39%), sendo 4 mulheres e 1 homem.
Conclusões: A prevalência de transtornos de humor foi relativamente frequente, porém com prevalência inferior em relação ao esperado para a população geral. Tal fato sugere que há uma subestimação do diagnóstico nessa população, talvez devido a não valorização dos sintomas do paciente ou ainda o preenchimento deficitário dos prontuários médicos. Para maiores conclusões seriam necessárias pesquisas adicionais para avaliação ampliada desses diagnósticos na população atendida pela USF, busca ativa de pacientes que estão desestimulados com o seu tratamento devido ao próprio transtorno de humor e preenchimento completo dos dados dos pacientes nos prontuários.
Palavras-chave
Texto completo:
PDF/AApontamentos
- Não há apontamentos.
Este periódico é de responsabilidade das associações:
Apoio institucional: