Perfil dos pacientes hipertensos atendidos na Estratégia Saúde da Família Divisa
Resumo
Introdução: O controle da Hipertensão e redução do risco cardiovascular é uma das metas prioritárias da atenção primária. Para desenvolver intervenções que auxiliem na obtenção destas metas é necessário conhecer a realidade local.
Objetivos: Analisar o perfil dos pacientes hipertensos atendidos na ESF-Divisa, uma das unidades que compõe o Distrito Docente Assistencial da UFRGS em Porto Alegre, quanto as suas características gerais, co-morbidades, controle dos fatores de risco, adesão ao tratamento anti-hipertensivo e a qualidade do atendimento prestada a essa população.
Material e Métodos: Em um estudo transversal foram selecionados aleatoriamente hipertensos atendidos na ESF Divisa. Foram registrados os dados antropométricos, níveis tensionais, presença de co-morbidades e fatores de risco associados a DCV, medicações em uso, forma de obtenção dos medicamentos, gasto com o tratamento e avaliação da adesão através do questionário Morisky e retirada da medicação na farmácia.
Resultados: Foram avaliados 140 pacientes com as seguintes características: sexo masculino 39 (27,9%); idade 61,54+14,19 anos; brancos 86 (61,4%); escolaridade 5,94+4,3 anos de estudo sendo 14 (9,9%) analfabetos. A pressão estava controlada em 71 (50,4%), 50% consideraram sua saúde boa ou ótima. e as comorbidades encontradas foram: diabetes 35(24,8%), insuficiência cardíaca 28(19,9%), insuficiência renal 10(7,1%), cardiopatia isquêmica 61 (43,3%), história de AVE 19(13,5%). Fatores de risco associados a DCV foram os seguintes dislipidemia em 89 (24,0%); sedentarismo, 87 (61,7%); tabagismo, 28 (19,9%) atual e 46 (32,6%) no passado. Do total de pacientes 94 (66,7%) fazem seu tratamento prioritariamente na ESF-Divisa, destes 48 (53,9%) estavam com a pressão controlada e dos atendidos em serviços de atenção secundária 23 (51,1%) estavam controlados.
Conclusão: O grau de controle dos pacientes atendidos na atenção primária e secundária não diferem nesta amostra. Para diminuir o risco cardiovascular destes pacientes é importante melhorar o controle da PA, aumentar a atividade física e promover o abandono do tabagismo.
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