Experiência inicial do programa pet vigilância clínica do hiv/aids da ufrgs
Resumo
Introdução: O Rio Grande do Sul é o estado Brasileiro com maior incidência de casos de AIDS desde 2000 e vem tendo aumento da prevalência de portadores do HIV. Porto Alegre municipalizou as ações de vigilância epidemiológica da AIDS, mas ainda apresenta dificuldades com a subnotificação e a integração entre atividades de vigilância epidemiológica e assistência à saúde dos indivíduos portadores do vírus HIV.
Objetivos: Fortalecer a integração entre a vigilância epidemiológica e a assistência especializada aos pacientes com HIV por meio de estratégias de integração dos sistemas de informação de Porto Alegre, prioritariamente no Distrito Glória/Cruzeiro/Cristal.
Metodologia ou descrição da experiência: Em 2013 o PET vigilância iniciou as suas atividades no maior serviço de atendimento especializado (SAE) de Porto Alegre (RS) com o objetivo de fortalecer a integração entre a vigilância epidemiológica e a assistência especializada aos pacientes com HIV por meio de estratégias de integração dos sistemas de informação (SINAN, SIM, SISCEL, SICLOM e SIH) com o serviço de saúde por meio do Laboratório Central do Distrito Glória/Cruzeiro/Cristal deste município. Cerca de 50% dos indivíduos HIV+ são diagnosticados e iniciam seu atendimento numa fase avançada da doença, determinando morbimortalidade elevada e perda de oportunidades em relação a causas preveníveis de mortalidade e de internação.
Resultados: Decorridos seis meses desde o início das atividades deste grupo PET, foi feita a seleção dos bolsistas, aproximação com o grupo PET HIV/AIDS que já vinha desenvolvendo atividades no mesmo serviço há doze meses e estabelecida integração com a equipe e com as rotinas do SAE. Além disso, os bolsistas passaram a inserir-se neste serviço para acompanhar as rotinas de consultas e do laboratório, bem como para conhecer o gerenciamento das informações dos pacientes do serviço. A integração entre as ações de vigilância em saúde e a assistência a portadores do HIV é condição essencial para reduzir o principal desafio que o SUS enfrenta atualmente em relação à assistência integral a estes indivíduos.
Conclusões ou hipóteses: Dentre os desafios para a implementação das ações estão a relação inversamente proporcional entre o tamanho da equipe do SAE e o quantitativo de demanda por atendimento; dificuldade da adesão dos pacientes ao tratamento; dificuldade de acesso ao serviço de saúde mental, inclusive para usuários de drogas e álcool, além de dificuldade de contato/ acesso à pacientes que evadiram do serviço.
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