Avaliação multidimensional do idoso (AMI) em idosos atendidos em ESF em Cuiabá-MT

Luciana Graziela de Oliveira Boiça, Liz Teixeira Cajango, Nathalia Costa Coutiho, Suelen Martins Torres, Fernanda Mari Barros Borges

Resumo


Introdução: A população idosa Brasileira vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em até 2025 o Brasil será o sexto país no mundo em número de idosos. Junto com essa transição demográfica, o perfil da saúde também se modifica, predominando as doenças crônicas, suas complicações e sequelas, que comprometem a independência e a autonomia do idoso.

Objetivos: Realizar a avaliação multidimensional do idoso (AMI) em pacientes acima de 60 anos, residentes e cadastrados na área de abrangência da ESF Baú no município de Cuiabá-MT, retratando a situação biopsicossocial e adotando condutas terapêuticas para minimizar ou reparar os déficits encontrados.

Metodologia ou descrição da experiência: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo. Foi aplicada a avaliação multidimensional do idoso durante consultas de rotina e visitas domiciliares, pelo residente em MFC, graduandos em medicina e médico da equipe em 40 idosos com 60 anos ou mais cadastrados na ESF Baú em Cuiabá-MT, durante os meses de agosto a outubro de 2013. A AMI é um instrumento usado para complementar a consulta médica. São testes destinados à avaliação da visão, audição, função dos membros superiores e inferiores, função cognitiva, humor, risco domiciliar para quedas, atividades de vida diária básica e instrumentada, incontinência urinária, perda de peso e suporte social.

Resultados: Dos 192 idosos cadastrados na unidade acima de 60 anos, 40 (21 %) foram avaliados. Destes, 19 (47,5 %) do sexo masculino e 21 (52,5%) do sexo feminino, com idade média de 72 anos. Referiram problemas visuais 21 (52,5%) idosos, e o teste do sussurro foi negativo em 14 (35 %). Apenas 1 idoso apresentou alteração de MMSS e 2 de MMII, ambos por sequela de AVC, sendo estes incapazes de realizar suas atividades diárias. 7 (17,5%) apresentaram déficit de memória e 11 (27,5%) relataram alteração de humor. No último ano 13 (32,5%) sofreram quedas e 9 (22,5%) perderam peso. Referiram incontinência urinária 10 (25%) idosos e apenas 2 negaram suporte social em caso de doença ou incapacidade.

Conclusões ou hipóteses: A AMI mostrou-se um instrumento eficiente para complementar as consultas de rotina dos idosos, de forma que, o que se é perguntado ou pesquisado nesta avaliação por vezes é ignorado aos olhos do profissional de saúde e do próprio paciente. Assim, de acordo com as alterações eram tomadas condutas propedêuticas e terapêuticas necessárias visando melhorar a autonomia e a qualidade de vida do idoso.




Palavras-chave


Saúde do Idoso; Estratégia Saúde da Família

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