Variáveis que influenciam no processo saúde-doença na Estratégia Saúde da Família

Rodrigo Leal de Jesus Alves, André Luiz Ribeiro Claudino, Bruno Henrique Rala de Paula, Renan Konrad Borges, Marcia Dorcelina Trindade Cardoso

Resumo


Introdução: Estudos mostram que o déficit de moradias e de serviços de infraestrutura, a má distribuição de renda, os altos índices de desemprego ou subemprego, a falta de investimento em saneamento básico e outras medidas de saúde pública influenciam diretamente no processo saúde-doença.

Objetivos: Avaliar a associação entre condições de saneamento (abastecimento de água, sistemas de esgotamento sanitário e serviços de coleta de lixo), indicadores socioeconômicos (taxa de alfabetização, taxa de crianças nas escolas e Produto Interno Bruto per capita), indicadores de qualidade da assistência médica (desnutrição e atraso vacinal em menores de 1 ano) e indicadores epidemiológicos (óbitos de crianças de 28 dias a 11 meses por diarreia e por infecção respiratória aguda) no município de Porto Real (RJ) em comparação ao estado do Rio de Janeiro no ano de 2010.

Métodos: O método epidemiológico empregado foi um estudo ecológico. A amostra foi composta por indivíduos residentes no Estado do Rio de Janeiro (15.989.929 habitantes) e no município de Porto Real (RJ) (17.793 habitantes) no ano de 2010. A base de informações foi composta por dados obtidos do sistema de informação de atenção básica (SIAB, 2010) e dados referentes ao IBGE e DATASUS do ano de 2010.

Resultados: Seguem-se os resultados para o Estado do Rio de Janeiro e município de Porto Real, respectivamente: 1) Condições de saneamento - abastecimento de água por rede pública: 64,17% e 93,86%; sistema de esgotamento sanitário: 56,32% e 93,98%; lixo coletado: 77,98% e 98,80%. 2) Fatores socioeconômicos - taxa de alfabetização de 15 anos ou mais: 94,53% e 95,83%; crianças de 7 a 14 anos que frequentam a escola: 77,92% e 98,83%; o Estado do Rio de Janeiro possui o terceiro maior PIB per capita do país e o município de Porto Real o segundo maior PIB per capita do Brasil. 3) Indicadores de qualidade da assistência médica - cobertura vacinal: 97,72% e 100%; desnutrição em crianças menores de 1 ano: 175 casos para nenhum. 4) Indicadores epidemiológicos - mortalidade infantil pós-neonatal por diarreia: 21 óbitos para nenhum; mortalidade infantil pós-neonatal por infecção respiratória aguda: 64 óbitos para nenhum.

Conclusões: Através deste estudo foi possível confirmar a importância dos indicadores expressos no processo saúde-doença, sendo possível, através do diagnóstico de saúde das populações estudadas, propor intervenções, seja elas mudanças de situação insatisfatória ou propostas de novos passos a seguir.


Palavras-chave


Epidemiologia; Processo Saúde-Doença; Mortalidade Pós-Neonatal

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