Perfil dos pacientes frequentadores do programa hiperdia de uma Unidade de Saúde da Família
Resumo
Introdução: Devido a sua frequência na população geral, o conhecimento do perfil epidemiológico dos portadores de Hipertensão e Diabetes torna-se extremamente importante. Sua relevância é clara para o planejamento de medidas preventivas com enfoque populacional. Para a gestão de uma USF é importante que esses dados sejam conhecidos sobre a população de abrangência, pois pode refletir realidades diferentes em um cenário mais amplo.
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de pacientes cadastrados no Programa Hiperdia da Unidade de Saúde da Família Guaraituba de Colombo-PR.
Casuística e Método: Foi realizada análise transversal retrospectiva via preenchimento de formulário de pacientes cadastrados no programa HiperDia de uma Microárea da Unidade de Saúde Guaraituba e que participaram de pelo menos uma das últimas três reuniões de maio a agosto de 2011 e aqueles que foram dispensados mediante justificativa. Os parâmetros analisados foram escolhidos por acadêmicos de Medicina do 5º da UFPR, preceptores de Internato de Saúde Coletiva, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e autoridade sanitária. Estes são: idade, sexo e distribuição no programa. Os prontuários físicos eram selecionados de acordo com a lista de presença das reuniões do Hiperdia e separados juntamente com os Agentes Comunitários de Saúde.
Resultados: Dos 114 pacientes avaliados, 76 eram mulheres (63%) e 44 homens (37%). A média de idade encontrada entre os participantes foi de 61 anos e a mediana de 60 anos. Dos pacientes avaliados, exclusivamente hipertensos perfaziam 65,38% dos participantes do programa, exclusivamente diabéticos 1,54% e hipertensos e diabéticos 26,25%. Foram identificados 8 pacientes (6%) que participavam do Programa e que não recebiam nenhuma medicação pela USF e 1 paciente com dislipidemia.
Conclusões: Como o esperado para um programa que avalia doenças crônicas como Hipertensão e Diabetes, a idade média ficou superior a 60 anos. A maior aderência de pacientes femininos ao programa também era esperada devido aos fatores socioculturais relacionados ao cuidado com a saúde. A prevalência de pacientes exclusivamente hipertensos pode ser explicada por sua maior prevalência na população brasileira e também pelo mais acessível método de screening populacional, sem necessidade de exames laboratoriais.
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