Escolaridade e a compreensão do tratamento farmacológico de hipertensos
Resumo
Introdução: O inadequado tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) pode gerar complicações e reduzir a qualidade de vida.
Objetivo: Verificar se o nível de escolaridade dos hipertensos interfere, significativamente, na compreensão do tratamento.
Metodologia: Após a aprovação pelo comitê de ética em pesquisa, realizaram-se entrevistas domiciliares em um município do Vale do Aço de Minas Gerais. Por meio de formulários 478 hipertensos foram entrevistados aleatoriamente, no período de outubro de 2010 a janeiro de 2012. A maioria dos pacientes eram do sexo feminino (69%). Os dados foram analisados com o emprego do programa Epi Info 3.5.3.
Resultados: A análise dos dados revelou que 7,1% dos pacientes eram analfabetos, 45,6% possuiam no máximo 4 anos de estudo e somente 19,5% possuíam mais de 8 anos de estudo. Quando questionados sobre o intervalo das doses, 73,1% pacientes analfabetos e 95,9% entrevistados com mais de oito anos de estudo conseguiram informar o horário correto. Ao interrogar sobre os fármacos utilizados, 30,8% que não estudaram e 6,8% que foram à escola por mais de oito anos desconheciam a finalidade do seu emprego. Em relação ao entendimento dos entrevistados sobre até quando iriam tomar os medicamentos, 61,5% que não tinham estudos e 37,8% que estudaram mais de oito anos não sabiam que antihipertensivos são usados para a vida toda. Conclusões: O estudo mostrou que existe uma inter-relação entre grau de escolaridade e a compreensão do tratamento da HAS. Pacientes com baixo grau de escolaridade apresentam uma menor compreensão em relação à dose, nome do fármaco, o seu emprego e horário de administração, quando comparado aos que estudaram por mais de oito anos. Entretanto, este último grupo, apesar de revelar um maior entendimento sobre o tratamento da HAS ainda o compreende totalmente.
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