OSCE: como os estudantes de Medicina da UFU o percebem

Gustavo Antônio Raimondi, Danilo Borges Paulino, Elisa Toffoli Rodrigues, Leila Bitar Moukachar Ramos

Resumo


Introdução: A avaliação constitui um dos importantes aspectos da formação, sendo utilizada como instrumento reflexivo e norteador para o ensino. Desta maneira, formas distintas de avaliação são aplicadas na educação médica, buscando o aprimoramento do processo de ensino-aprendizado. Destaca-se como um exemplo disso o OSCE (exame clinico objetivo estruturado), como forma de avaliação das habilidades clínicas.

Objetivos: Identificar, tanto do aspecto didático como do estrutural, as percepções dos estudantes do 12º período de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) sobre a avaliação prática (OSCE), uma vez que essa foi inserida no processo avaliativo deste curso há 2 anos.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A população do estudo foi composta pelos 166 estudantes que cursaram o Internato de Saúde Coletiva - ISC (12° período) do curso de medicina da Universidade Federal de Uberlândia no primeiro e segundo semestres de 2011 e 2012. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário autoaplicável, quantitativo, com 5 opções de resposta (“ótimo” a “ruim” ou “fácil” a “muito difícil”), que foi respondido voluntariamente ao final da realização do OSCE do ISC. As variáreis do questionário foram: clareza das instruções de cada estação, adequação do tempo, performance dos atores, recursos de infraestrutura, grau de satisfação em relação ao OSCE e grau de dificuldade de cada estação.

Resultados: Todos os estudantes que cursaram o ISC nos anos de 2011 a 2012 responderam o questionário. Nas 4 avaliações realizadas, a satisfação em relação ao OSCE foi classificada, principalmente, nas categorias “ótimo” e “bom”. A infraestrutura do local foi considerada como “ótimo” (média de 70,65%), e a performance dos atores variou entre “ótimo” e “bom”. Com relação às instruções presentes em cada estação, os alunos qualificaram-nas, em sua maioria, como “ótimo”. Em relação ao tempo, esse alterou entre “ótimo” e “bom”. A variação do grau de dificuldade das estações, em média, foi de “regular” e “difícil” na estação de saúde coletiva e de “fácil” e “regular” nas demais.

Conclusão ou Hipóteses: A introdução de uma nova forma de avaliação dos estudantes do curso de medicina da UFU, como o OSCE, foi bem aceita, segundo observado pelas percepções desses estudantes. Acreditamos que isso ocorra pelo fato de que essas situações permitem ao aluno uma auto avaliação de necessidades e dificuldades que cada um apresenta diante da prática clínica.


Palavras-chave


OSCE; Percepção dos Estudantes; Internato de Saúde Coletiva

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