Formação pedagógica de docentes médicos, um olhar sobre suas competências e habilidades

Rodrigo Oliveira Silva, Maria Bernadete Cerqueira Antunes

Resumo


Introdução: Com a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em medicina, a reforma curricular foi iniciada. Apesar de estimuladas novas técnicas pedagógicas, o docente ainda encontrava-se, na maioria dos casos, em sua formação antiga, onde boa parte manteve a ideia de que a aprendizagem da profissão se faz exercendo a própria profissão, e o sentimento de docência pouco existia.

Objetivos: Este estudo foi realizado para melhor compreensão do ser docente em medicina dentro das novas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em medicina.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foi feita um revisão sistemática com artigos disponíveis no Portal CAPES e Scielo, publicados entre 2001 e 2012, identificados através dos descritores: "educação médica", "docente/docência", "docente de medicina", "formação pedagógica" e "formação docente". Foram identificados 180 resumos, então submetidos a uma análise, onde no final, 12 artigos foram selecionados. Os trabalhos foram estudados em cima dos seis itens que compõem as competências e habilidades que um médico formado necessita desenvolver (Atenção à Saúde, Tomada de Decisões, Comunicação, Liderança, Administração e Gerenciamento, Educação permanente), entretanto a análise foi realizada na dimensão do docente em medicina.

Resultados: Formar um médico exige do docente habilidades que envolvem o saber teórico, a experiência prática e o conhecimento pedagógico. Na competência Atenção à Saúde, observou-se o pouco interesse docente em participar das atividades do SUS. Sobre Tomada de Decisões, viu-se a importância da integração de conteúdos. Na habilidade Comunicação, foi analisada a necessidade de um pensar crítico. Em Liderança, observou-se o docente como agente responsável no processo de formação do profissional. Em Administração e Gerenciamento, foi discutida a organização do seu trabalho, da sua equipe e da escola médica. E por fim, na habilidade Educação Permanente, foi discutida a educação continuada como prioridade.

Conclusão ou Hipóteses: As Diretrizes do Ministério da Educação constroem as bases pedagógicas das instituições. Construir movimentos de mudança docente quando se tem apenas idealizado suas transformações, é uma tarefa difícil. O perfil do médico que formamos hoje depende de como o docente se relaciona consigo, com os outros docentes, com os estudantes e com a escola médica, envolvendo certas habilidades e competências.


Palavras-chave


Educação Médica; Docentes de Medicina; Formação Pedagógica

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