Rodas de educação permanente: uma experiência nos cenários da Atenção Básica
Resumo
Introdução: Rodas de educação permanente em saúde (EPS) representam um instrumento valioso de trabalho e investigação que aplicado à Atenção Básica pode potencializar práticas propositivas e favorecer processos de transformação partindo da reflexão crítica a cerca de questões e desafios que se apresentam no cotidiano dos serviços.
Objetivos: O objetivo deste relato é descrever a experiência de rodas de EPS em uma Unidade Básica de Saúde do município de Resende/RJ, assim como, refletir sobre seus benefícios considerando os profissionais e a comunidade usuária deste serviço.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Na unidade em questão, foi observado que os agentes comunitários de saúde e os auxiliares de enfermagem apresentavam dificuldades no enfrentamento de algumas demandas da comunidade. Neste sentido, a equipe optou por desenvolver um método de educação que partisse do des/conhecimento destes profissionais na perspectiva de ressignificar suas práticas: as rodas de EPS. Para tanto, foi realizado um levantamento dos principais problemas de saúde e aplicado às seguintes etapas: 1.Realidade: discussão do tema a partir da visão da comunidade; 2.Situações problema: exposição das dificuldades no enfrentamento dessa realidade; 3- Soluções: busca de conhecimento teórico; 4- Aplicação: plano de ação.
Resultados: A análise permitiu identificar como temas prioritários: hipertensão arterial, diabetes, amamentação, doenças sexualmente transmissíveis e tabagismo. Durante o ano de 2011, foram realizadas cerca de 20 rodas de EPS envolvendo apenas a equipe de saúde e 216 rodas com os usuários dos serviços. A experiência contribuiu para a integração entre os sujeitos, para o fortalecimento do comprometimento profissional e para a construção coletiva de conhecimento sobre as demandas prioritárias. Os encontros refletiram na atuação no território, uma vez que os profissionais passaram a facilitar rodas de EPS com grupos nas salas de espera e em espaços comunitários e coletivos como igrejas e escolas.
Conclusão ou Hipóteses: Portanto, a experiência foi exitosa e contribuiu para a formação de profissionais seguros no trato com a comunidade, propositivos e aptos a responder às principais demandas, além promover uma maior implicação dos usuários como sujeitos de sua própria saúde.
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