Prevalência do DENV-4 no estado do Pará, de 2010 a 2011

Resumo

Introdução: A dengue é considerada um problema de saúde pública, por causa da sua grande quantidade de casos, tornando-a a mais frequente arbovirose que acomete o ser humano. O primeiro relato de DENV-4 no Brasil ocorreu no estado de Roraima em 1982. Desde então, não houve outro isolamento do DENV–4 no país até o relato de três casos em 2008, no estado do Amazonas.

Objetivos: Pesquisar sobre a introdução do sorotipo quatro do vírus da dengue no estado do Pará, nos anos de 2010 e 2011. Conhecer os fatores de risco relacionados à transmissão bem como identificar o perfil sazonal de incidência da doença e descrever o perfil da população que está sujeita a transmissão.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A pesquisa tem natureza epidemiológica bibliográfica documental, que visa estudar a incidência e distribuição do DENV–4. Serão pesquisados e analisados dados já disponíveis na rede, em portais genéricos e específicos e na base de dados. Os dados serão coletados de portais genéricos (Scielo) e específicos (Medline, Pubmed, Lilacs, The Cochrane Library e Ibecs) e na base de dado Datasus. Os dados serão analisados pelo programa de domínio público, EPI INFO versão 3.5.1, e pelo programa Microsoft Office Excel 2007, que servirão para o processamento dos dados coletados, criação de um banco de dados e realização das análises estatísticas.

Resultados: Foram notificados 14 casos de DENV-4. Sendo que desses 14 casos, 13 foram registrados no município de Belém e outro caso, no município de Ananindeua. Os casos de DENV-4 em Belém ocorreram nos bairros de Maracacuera, Águas Negras, Tenoné, Pratinha, Cabanagem, Marambaia, Marco, Canudos e Condor. O único caso de dengue sorotipo quatro registrado em Ananindeua ocorreu no bairro de Coqueiro.

Conclusão ou Hipóteses: A falta de imunidade da população ao DENV-4 eleva as chances da possibilidade de mais casos graves da doença por causa deste sorotipo viral. Portanto, devem ser mantidas as ações de controle do mosquito transmissor, para evitar novos casos, e visitas de agentes comunitários de saúde aos domicílios com casos suspeitos e confirmados de DENV-4.