Egressos de residência de MFC de São Paulo: perfil e trajetória profissional

Elisa Toffoli Rodrigues, Aldaisa Cassanho Forster

Resumo


Introdução: No Brasil, a qualificação dos recursos humanos para trabalhar na Estratégia Saúde da Família (ESF) é baixa. Considerando a importância do Estado de São Paulo como polo formador de recursos humanos para a área da saúde, estudou-se a situação dos egressos dos Programas de Residência em Medicina de Família e Comunidade (PRMFC) do Estado de São Paulo (ESP), que finalizaram a residência entre 2000-09.

Objetivos: Caracterizar o perfil e a trajetória profissional dos egressos dos Programas de Residência em Medicina de Família e Comunidade do Estado de São Paulo, no período de 2000 a 2009.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e quantitativo. A população do estudo foi constituída pelos 234 médicos egressos dos PRMFC do estado de São Paulo, que finalizaram a residência entre 2000 a 2009. Os dados foram coletados em 2012, por meio de um questionário eletrônico, dividido nos seguintes blocos: perfil socioeconômico, atuação profissional, e atividades de Medicina de Família e Comunidade (MFC). O projeto e o instrumento de pesquisa foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (protocolo número 455/CEP-CSE-FMRP-USP).

Resultados: Foram incluídos no estudo 129 pessoas de 14 instituições. A maioria é mulher, com idade de 30 a 34 anos e moram no ESP (79,1%). A graduação em medicina foi realizada predominante no ESP. Atuam na MFC 74,6% e 48,1% atuam na docência. O local de trabalho atual mais frequente foi a ESF (49,6%), seguida da Urgência e Emergência (26,7%), consultório particular e Unidade de Saúde Tradicional (19,7% cada) e gestão/gerência (18,9%). Após a residência de MFC, 10,1% dos egressos fizeram outra residência médica, 57% especialização lato sensu e 31,8% stricto sensu. Possuem título de especialista em MFC 41,9%. Participam da formação de médicos de família 52,7%.

Conclusão ou Hipóteses: Os egressos de PRMFC do ESP são predominantemente jovens e mulheres e moram em grandes centros urbanos, tendendo a se fixar no ESP. O local de atuação é bastante diverso, já que a especialização em MFC é ampla. A maioria participa de atividades relacionadas à formação dos médicos de família sendo assim peças fundamentais para a capacitação de novos profissionais para atuarem na APS.

Palavras-chave


Medicina de Família e Comunidade; Residência Médica; Recursos Humanos em Saúde

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