Experiência de acadêmicos de Medicina em unidades de Atenção Básica à saúde

Ana Luiza de Oliveira Queiroz Teófilo, Lurian-Rei Caetano Lima, Bruna Sabbag Pontes, Rafael Cardoso Martinez

Resumo


Introdução: Atenção Básica à Saúde contrapõem-se ao modelo flexineriano e organiza-se em centros de saúde e serviços domiciliares. Medicina de Família e Comunidade(MFC) assiste a saúde de forma contínua, integral e abrangente para famílias e comunidades. A expansão do ensino médico para o nível primário atende as exigências atuais de Diretrizes Curriculares Nacionais e Ministério da Saúde para a formação médica.

Objetivos: Relatar a experiência de acadêmicos de medicina da PUC Goiás em atividades desenvolvidas na área de Atenção Básica à Saúde, em Unidade Escola Saúde da Família (UESF) e discutir a pertinência da inserção precoce do acadêmico no contexto da MFC para formação médica generalista e humanizada.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O cenário de atuação do acadêmico é o Distrito Sanitário Escola, escolhido por suas características epidemiológicas e socioeconômicas. Nos primeiros três semestres as atividades se concentram na UESF e escolas municipais, englobando ações da Estratégia Saúde da Família(ESF) e Programa Saúde na Escola. O contato com o usuário do serviço é estimulado através de entrevistas e coleta de casos clínicos. O aluno passa por sala de imunização, triagem, reuniões do Hiperdia, grupos de Crescimento e Desenvolvimento Infantil, visita domiciliar, e acompanhamento de consultas de MFC. Aspectos teóricos são discutidos em relação à organização das unidades, referenciamento e fundamentos do Sistema Único de Saúde.

Resultados: A introdução precoce do aluno na UESF é determinante para formação médica abrangente e adequada aos princípios da ESF, de uma medicina sobretudo preventiva. O contato com a MFC auxilia na aquisição da habilidade de cuidar do paciente e de sua família, de lidar com indicadores epidemiológicos e ter visão holísitca do paciente inserido na comunidade; fornece ferramentas para vigilância em saúde e para o trabalho em equipe multiprofissional. O estudo do sistema in locu, capacita o médico a lidar com mecanismos das redes de atenção, como núcleos de assistência, referenciamento, e centros de atenção psicossociais(CAPS),entre outras ferramentas que auxiliam no tratamento abrangente do paciente.

Conclusão ou Hipóteses: Concluímos com este trabalho que a experiência na Atenção Básica à Saúde desde o início do curso de medicina vai ao encontro do que preconiza o Ministério da Saúde e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação médica. Portanto, o contato precoce com a ESF e a MFC deve ser estimulado, e esses cenários incluídos como ambientes de ensino das escolas médicas.


Palavras-chave


Formação Médica; Atenção Básica à Saúde; Medicina de Família e Comunidade

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