Conduta farmacoterapêutica do cirurgião dentista à gestante na Atenção Básica

Resumo

Introdução: A utilização de medicamentos por gestantes e seus efeitos sobre o feto passou a ser objeto de grande preocupação após a tragédia da talidomida. Atualmente sabe-se que a maioria dos fármacos utilizados por gestantes atravessa a placenta. Na equipe multidisciplinar, os profissionais que atendem e prescrevem para gestantes devem ter este conhecimento e redobrar os cuidados com esta população.

Objetivos: Identificar as estratégias utilizadas na medicalização da gestante pela equipe multiprofissional.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A utilização de medicamentos por gestantes e seus efeitos sobre o feto passou a ser objeto de grande preocupação após a tragédia da talidomida. Atualmente sabe-se que a maioria dos fármacos utilizados por gestantes atravessa a placenta. Na equipe multidisciplinar, os profissionais que atendem e prescrevem para gestantes devem ter este conhecimento e redobrar os cuidados com esta população.

Resultados: Foram observadas grandes variações quanto ao uso de medicamentos, principalmente antianêmicos e vitaminas associadas a antianêmicos, mostrando a ausência de padrão nacional quanto ao uso desses tipos de medicamentos na gestação. Foi realizado um estudo numa amostra de 205 gestantes usuárias do SUS no município de Bandeirantes(PR) entre os anos de 2006/2007, mostrou que 83,4% das gestantes entrevistadas declararam utilizar pelo menos um medicamento. Dessas, 8,2 % o fizeram sem prescrição médica. Em mais um levantamento com gestantes da cidade de Natal, 610 mulheres foram entrevistadas no ano de 2006, 86,6% das gestantes usaram pelo menos 1 fármaco, sendo que, a automedicação ocorreu em 12,2%.

Conclusão ou Hipóteses: Os dados sugerem a necessidade de intervenção efetiva para promover alívio da sintomatologia dolorosa sob o risco de expor gestante e feto aos danos da automedicação. Para isso a equipe multidisciplinar deve conhecer sua população e agir de forma coesa em sua atenção a saúde. Os espaços para discussão de caso e estruturação de seu Projeto Terapêutico Singular devem ser valorizados e mantidos.