Prevenção de câncer do colo uterino na extensão universitária em Belém, Pará

Ana Lídia Queiroz Cavalcante, Ana Tereza Alves de Carvalho Chaves, Ismaisa Fátima Alves de Carvalho, Josinaide Quaresma Trindade, Ildson Rosemberg Alves de Sousa

Resumo


Introdução: O câncer do colo do útero (CCU) é o segundo mais prevalente em países em desenvolvimento, como o Brasil. No Estado do Pará, este câncer apresenta-se como o mais incidente na população feminina, apesar da gratuidade do exame de rastreamento de lesões precursoras nos serviços de saúde. Corretamente aplicado na população, o exame de Papanicolaou pode reduzir em até 80% a incidência do CCU.

Objetivos: Descrever as ações de extensão universitária para prevenção de CCU e o perfil da demanda atendida pelo projeto “Trabalhando a prevenção de câncer na capital e em comunidades do interior do estado do Pará”.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O Laboratório de Citopatologia da Universidade Federal do Pará, através de demanda espontânea, atendeu gratuitamente mulheres da região metropolitana de Belém durante o ano de 2012. Após esclarecimentos quanto aos objetivos do projeto as mulheres foram submetidas ao exame de Papanicolaou e ao questionário sócio-comportamental, garantindo-as todas as questões éticas. As amostras biológicas foram fixadas em lâminas e coradas pela técnica de Papanicolau. Os resultados citológicos foram classificados de acordo com a Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais.

Resultados: Foram realizados 108 exames de mulheres sexualmente ativas, com idade de 17 a 67 anos. Destas, 99,07% (n=107) declararam-se não fumantes, 79,63% (n=86) possuem parceiro fixo, 60,18% (n=65) não usam camisinha nas relações, 32,40% (n=35) usam anticoncepcionais e 67,59% (n=73) realizam o exame anualmente. O início da vida sexual variou de 13 a 28 anos, com média de 17,5 anos e o número de parceiros desde o início da vida sexual variou de 1 a 25, com média de 3,3. Os resultados foram classificados como normais (54,62%; n=59), inflamatórios (9,25%; n=10) e com atipias celulares, sendo que 5,5% (n=6) foram de ASC-US, 0,92% (n=1) de LSIL e 2,77% (n=3) de ASC-H.

Conclusão ou Hipóteses: A universidade desenvolve ações de ensino-pesquisa-extensão junto a mulheres da comunidade, que tem a possibilidade de realizar o exame e de obter informações importantes acerca da prevenção do CCU. O perfil da demanda demonstra que são mulheres que não usam camisinha nem anticoncepcional, provavelmente por terem relacionamento estável, mas que fazem regularmente o exame para a prevenção do CCU.


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