O território na construção do conhecimento local em saúde na ESF- Petrópolis/RJ
Resumo
Introdução: A Estratégia Saúde da Família (ESF) tem como objetivo principal reorientar o modelo de atenção à saúde no SUS a partir da Atenção Básica. Atua nos territórios do cotidiano, possibilitando o estabelecimento de vínculos de compromisso e co-responsabilidade entre os profissionais de saúde e a população, potencializando a construção coletiva de conhecimento sobre a situação de saúde local.
Objetivos: Essa pesquisa teve como objetivo compreender como a equipe de saúde, no seu processo de trabalho, vem produzindo conhecimento sobre a situação de saúde local no território onde atua na Estratégia Saúde da Família, no município de Petrópolis.
Metodologia ou Descrição da Experiência: O estudo teve como foco as práticas locais relacionadas à produção de informações e conhecimento sobre a situação de saúde, as condições de vida e as necessidades sociais de saúde no território. Demandou uma abordagem predominantemente qualitativa aos moldes de um estudo de caso. Se constituiu de duas fases: a primeira foi realizada junto à Coordenação da ESF e a segunda foi realizada junto a uma equipe de Saúde da Família. A seleção da equipe seguiu critérios estabelecidos e pactuados com a Coordenação da Estratégia, visando o alcance do objetivo da pesquisa. As técnicas de coleta de dados utilizadas foram a análise documental, as entrevistas semi-estruturadas e a observação participante.
Resultados: Os resultados encontrados, a partir de uma experiência local, mostraram que apesar do trabalho das equipes estar direcionado, prioritariamente, para a assistência aos programas do Ministério direcionados a doenças e a grupos prioritários, vem sendo desenvolvidas, também, práticas inovadoras que potencializam a construção do conhecimento sobre a situação de saúde no território. As principais práticas identificadas foram: as visitas domiciliares, as reuniões coletivas com a comunidade, as reuniões de equipe, a utilização de mapas de forma criativa, os grupos de educação em saúde, as atividades de interação ensino-serviço-comunidade, os procedimentos coletivos nas escolas e o acolhimento.
Conclusão ou Hipóteses: Identificaram-se fatores facilitadores e restritivos a essas práticas relacionados ao contexto sócio econômico e político organizacional. Destacaram-se a sobrecarga de trabalho dos profissionais e uma avaliação centrada nos indicadores do SIAB. Com os resultados alcançados espera-se contribuir para a organização de um processo de trabalho potencializador de novas práticas em saúde no território.
Palavras-chave
Texto completo:
PDF/AApontamentos
- Não há apontamentos.