O papel do profissional de Atenção Primária à Saúde em cuidados paliativos

Mariana Cristina Lobato dos Santos Ribeiro Silva

Resumo


Introdução: O cuidado a pacientes em fase final da vida é cada vez mais frequente nos serviços de saúde devido ao progressivo envelhecimento da população e à sobrevida de portadores de doenças graves. No Brasil os poucos serviços de cuidados paliativos (CP) geralmente estão ligados a hospitais, mas em vários países a APS é considerada o melhor nível de assistência para a prestação e coordenação de CP.

Objetivos: São raros os estudos sobre quais ações caberiam à APS em CP, tendo em vista que a complexidade dos casos pode requer procedimentos e tecnologias que não são próprios nesse nível de assistência. Esse trabalho objetivou compreender o papel dos profissionais de APS em cuidados paliativos.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Realizou-se uma revisão integrativa de literatura. A busca dos estudos ocorreu no período de junho a julho de 2012, sendo inicialmente identificados 12 artigos científicos na base de dados LILACS e 213 artigos na base PUBMED para a leitura exploratória dos resumos e então, elegidos 19 que foram lidos integralmente. Após a leitura analítica dos artigos selecionados, 17 foram eleitos como objeto de estudo e posteriormente submetidos à análise temática.

Resultados: Da análise do conteúdo das publicações emergiram oito categorias temáticas: 1) Possibilitar o cuidado domiciliar; 2) Garantir assistência com integralidade; 3) Utilizar a longitudinalidade como ferramenta de cuidado; 4) Responsabilizar-se pelo cuidado paliativo com a família; 5) Buscar aprimoramento profissional em cuidados paliativos; 6) Viabilizar a coordenação do cuidado; 7) Facilitar o acesso do paciente em cuidados paliativos e sua família; 8) Trabalhar em parcerias dentro e fora da APS.

Conclusão ou Hipóteses: A partir dos temas que emergiram nessa análise de literatura é possível declarar que participação dos profissionais de APS em CP é essencial. O acesso facilitado, próximo ao lar, o manejo dos sintomas constante e a sensibilidade à realidade das famílias podem não mudar o desfecho do cuidado paliativo – a morte – fazem a diferença no caminho em direção ao fim.


Palavras-chave


Atenção Primária à Saúde; Cuidados Paliativos; PSF

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