Neoplasias cervicais: identificando riscos em usuárias da Estratégia Saúde da Família
Resumo
Introdução: Para 2012, o INCA estimou 20.400 casos novos de neoplasia maligna do colo uterino em todo o Brasil. O Pará lidera na região Norte, com 830 novos casos. O tabagismo, coitarca precoce, múltiplos parceiros são alguns dos fatores de risco para esta neoplasia, além do papilomavírus humano. Porém, é passível de prevenção, utilizando-se do exame preventivo do câncer do colo do útero (PCCU).
Objetivos: identificar fatores de risco para o desenvolvimento de neoplasias cervicais em usuárias de uma Unidade de Saúde da Família.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido por um grupo de alunos do PET Saúde-Saúde da Família/UFPA-Belém, preceptores e outros colaboradores, utilizando-se para a coleta de dados questionário semiestruturado com perguntas acerca dos fatores relacionados a formação de neoplasias cervicais, bem como a identificação do perfil sóciodemográfico de 78 usuárias, em uma Estratégia Saúde da Família no município de Belém/PA, no período de julho de 2011 à abril de 2012. A pesquisa obedeceu a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
Resultados: As entrevistadas tinham de 18 a 78 anos de idade (X 35,92±13,53), 47,44% são solteiras, 55,12% desenvolvem atividades do lar e 33,3% tem o ensino fundamental incompleto. A coitarca ocorreu entre 12 e 30 anos de idade (X 17,46±3,18) e o tempo médio de atividade sexual foi de 18,46±12,75 anos. O uso de preservativo nas relações sexuais foi descrito como esporádico por 34,61% e 29,49% relataram nunca usá-lo. Em média, o total de parceiros sexuais foi de 3,45±4,30. Somente 6% são tabagistas. Das 70 mulheres que se reproduziram, 68,57% tiveram até três gestações. Cerca de 13% desconhecem o exame PCCU, tendo em média 13 anos de atividade sexual, e 30% afirmar precisar de mais informações sobre.
Conclusão ou Hipóteses: Os dados indicam como importantes fatores de risco o não uso do preservativo nas relações sexuais, bem como a carência de informações sobre o PCCU, duas variáveis que podem ser modificadas com ações de educação em saúde para a divulgação dos modos de prevenção e detecção precoce da neoplasia cervical.
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