Importância da reflexão sobre práticas de humanização em saúde no curso médico
Resumo
Introdução: A prática médica tem se embasado no modelo biomédico, no qual a doença é o alvo de intervenção, o que desconsidera, portanto, a integralidade do sujeito. A humanização surge como uma forma de se valorizar os aspectos subjetivos, sociais e culturais do indivíduo. Desse modo, a perspectiva abordada no presente estudo considera a humanização como um importante elemento da relação médico/paciente.
Objetivos: Analisar a importância da reflexão sobre as Práticas de Humanização em Saúde, durante o curso médico, através de relatos de experiências disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde, levando-se em consideração a importância dessas discussões para a relação médico/paciente desses futuros profissionais.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Neste trabalho, realizou-se uma revisão de relatos de experiência de estudantes de Medicina envolvidos em atividades de Humanização em Saúde. Os materiais analisados foram pesquisados na Biblioteca Virtual em Saúde através da utilização das palavras-chaves “Humanização em Saúde” e “Humanização e Medicina”. Foram selecionados apenas os artigos na língua portuguesa, publicados no período compreendido entre 01/01/2006 e 30/06/2012. Os artigos foram selecionados de acordo com: a sua relevância acadêmica para o desenvolvimento do trabalho; fator de impacto das revistas de origem; importância e capacidade de replicabilidade das experiências vividas.
Resultados: Apesar da humanização em saúde ser um importante mecanismo de garantia da atenção integral ao sujeito, capaz de valorizar a sua subjetividade, há uma escassez na literatura de relatos de experiências de estudantes de medicina envolvidos em práticas/atividades desse tipo. A discussão acerca das práticas de humanização durante o curso médico é fundamental na formação destes profissionais, e essencial para o norteamento das suas futuras ações, principalmente na relação médico/paciente. Uma formação baseada em princípios humanísticos auxilia o desenvolvimento de profissionais imbuídos na construção da autonomia do paciente e, respaldados em princípios éticos e emancipatórios.
Conclusão ou Hipóteses: Alguns aspectos da formação médica devem ser reavaliados. Uma formação respaldada em princípios humanísticos e imbuída no desenvolvimento da autonomia do paciente se mostra necessária. O respeito às diversas dimensões do sujeito é fundamental em uma boa relação medico/paciente. É necessária a construção de atividades nas quais os alunos de medicina vivenciem a humanização na assistência a saúde.
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