Construção de portfólio de avaliação na residência médica de MFC da UFPE
Resumo
Introdução: A avaliação usada na RMFC-UFPE até 2012, basicamente autoavaliação, é importante por elaborar a metacognição, mas não examinava habilidades/conhecimentos técnicos do residente adquiridos no percurso. É elaborado, então, portfólio objetivo para uniformizar critérios de avaliação e ampliá-la além da autoavaliação, possibilitando ao residente conhecer o que o Programa espera dele ao fim de dois anos.
Objetivos: Apresentar processo de construção do portfólio de avaliação dos residentes de RMFC- UFPE, que permite verificar objetiva e uniformemente as competências em desenvolvimento durante a residência e vem compor o instrumento de avaliação da Residência juntamente com a autoavaliação.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Analisando avaliações usadas em outras residências em Medicina de Família e Comunidade, nacionais e internacionais, e as diretrizes da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade sobre o que trabalhar nas subáreas do conhecimento para garantir competências adequadas às necessidades de saúde da população, o grupo de trabalho constrói um portfólio individual, aos moldes do instrumento da European Academy of Teachers in General Practice and Family Medicine (EURACT), adaptado à realidade local. Foram inclusos tópico específico relacionado ao módulo de Iniciação à Docência desenvolvido pela RMFC-UFPE e objetivos quanto ao Método Clínico Centrado na Pessoa, por exemplo.
Resultados: O portfólio construído traz apresentação do Programa, metodologia de avaliação utilizada, instruções para uso e espaço para o plano pessoal de formação (estágios extra-USF). O cerne do documento tem quatro eixos principais: Medicina de Família e Comunidade (competências nucleares e adicionais), cuidados a grupos vulneráveis e de risco e problemas de saúde, divididos em subtópicos, cada um com seus objetivos; as estratégias de aprendizagem são elencadas ao final de cada eixo. Residentes receberão o portfólio no início do R1 e, ao final de cada semestre, além da autoavaliação, preceptor e residente verificarão no portfólio objetivos alcançados e quando foram atingidos (1o ao 4o semestre).
Conclusão ou Hipóteses: É certo que mais apropriada e próxima do real será a avaliação do residente em sua complexidade quanto mais avaliadores envolverem-se, competências forem avaliadas e estratégias diferentes, utilizadas. Aliar um instrumento objetivo, que expõe ao residente o que o Programa espera dele, a um de autoavaliação, permeado por subjetividade, parece ser um passo no sentido de avaliar mais acuradamente.
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