Avaliação nutricional e nível de atividade física em escolares goianienses

Elizabeth Estevo, Tadeu João Ribeiro Baptista

Resumo


Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem o problema de saúde de maior magnitude no Brasil. A obesidade, prevalente em escolares está associada aos fatores de risco como a alimentação inadequada e a inatividade física. Ações do Programa Saúde na Escola incluindo a avaliação da nutrição e nível de atividade física dos alunos é essencial para o enfrentamento destes fatores.

Objetivos: Realizar a avaliação antropométrica de escolares do ensino fundamental em Escola Estadual da cidade de Goiânia, conhecer o padrão alimentar pela informação de alimentos consumidos semanalmente, avaliar o nível de atividade física e analisar a prevalência de sobrepeso entre meninos e meninas.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo realizado por Equipe Saúde da Família em ações do Programa Saúde na Escola (PSE). Obteve-se peso e altura de 70 educandos. Calculado o Índice de Massa Corporal e classificado o Índice Antropométrico conforme as normas do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde. A prática de atividade física dos alunos foi analisada com base nas instruções do PSE como ativo ou insuficientemente ativo ou inativo. O consumo semanal de alimentos e bebidas foi avaliado pelo somatório dos Marcadores de Consumo Alimentar. Os dados foram submetidos à estatística descritiva do Programa Excel versão 2010. Os pais dos alunos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados: De acordo com a avaliação nutricional dos 70 alunos, 65,71% deles são eutróficos, 28,58% estão com sobrepeso e 5,71% em estado de magreza. A prevalência de sobrepeso entre as meninas foi de 18,18% e dos meninos de 16,22%. A análise do nível de atividade física mostrou que 75,71% dos alunos são considerados ativos, 12,86% são insuficientemente ativos e 11,43% inativos. Os marcadores do padrão alimentar mostraram que 87% dos alunos ingerem frutas frescas, feijão, iogurte ou leite, bolachas e biscoitos salgados, guloseimas, hambúrguer, embutidos e refrigerantes semanalmente. Salada crua, legumes e verduras cozidas foram consumidos em dias alternados da semana por 46% dos alunos.

Conclusão ou Hipóteses: A prevalência de sobrepeso nos escolares pode estar atribuída à irregularidade de atividade física e à alimentação inadequada. A Escola é um campo fértil para as Equipes de Saúde da Família desenvolverem ações de promoção da saúde dos educandos e prevenção das DCNT, substituindo os fatores de risco por fatores protetores como a Educação Nutricional e a prática regular de atividade física.




Palavras-chave


Saúde do Escolar; Prevenção de Agravos; Fatores de Risco

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