Avaliação multidimensional do idoso (AMI) em idosos atendidos em ESF em Cuiabá - MT

Luciana Graziela de Oliveira Boiça, Ariane Morial Braz de Oliveira, Angélica Carvalho Moya, Kamila Moreira de Freitas, Waldecino Santos Cruz

Resumo


Introdução: A população idosa brasileira vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, passando a representar 10,8% da população brasileira, segundo o IBGE 2010. Junto com essa transição demográfica, o perfil da saúde também se modifica, predominando as doenças crônicas, suas complicações e sequelas, que comprometem a independência e a autonomia do idoso.

Objetivos: Realizar a avaliação multidimensional do idoso (AMI) em pacientes acima de 65 anos, residentes e cadastrados na área de abrangência da ESF Ouro Fino/Nova Conquista no município de Cuiabá-MT e tomar condutas necessárias a cada alteração encontrada.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo. Foi aplicada a avaliação multidimensional do idoso durante consultas de rotina e visitas domiciliares, pelo residente em MFC, graduandos em medicina e médico da equipe em 57 idosos com 65 anos ou mais, cadastrados na ESF Ouro Fino/Nova Conquista em Cuiabá-MT, durante os meses de dezembro de 2012 a fevereiro de 2013. A AMI é um instrumento usado para complementar a consulta médica. São testes destinados à avaliação da visão, audição, função dos membros superiores e inferiores, função cognitiva, humor, risco domiciliar para quedas, atividades de vida diária básica e instrumentada, incontinência urinária, perda de peso e suporte social.

Resultados: Dos 128 idosos cadastrados na unidade acima de 65 anos, 57 (44,5%) foram avaliados. Destes, 26 (46%) do sexo masculino e 31(54%) do sexo feminino, com idade média de 75 anos. Referiram problemas visuais 28 (49,1%) idosos, e o teste do sussurro foi negativo em 27 (47,3%). Apenas 1 idoso apresentou alteração de MMSS e 2 de MMII, ambos por sequela de AVC, sendo estes incapazes de realizar suas atividades diárias. 10 (17,5%) apresentaram déficit de memória e 14 (24,5%) relataram alteração de humor. No último ano 29 (50,8%) sofreram quedas e 9 (15,7%) perderam peso. Referiram incontinência urinária 14 (24,5%) idosos e apenas 2 negaram suporte social em caso de doença ou incapacidade.

Conclusão ou Hipóteses: A AMI mostrou-se um instrumento complementar eficaz nas consultas de rotina dos idosos, de forma que, o que se é perguntado ou pesquisado nesta avaliação por vezes é ignorado aos olhos do profissional de saúde e do próprio paciente. Assim, de acordo com as alterações eram tomadas condutas propedêuticas e terapêuticas necessárias visando melhorar a autonomia e a qualidade de vida do idoso.




Palavras-chave


Saúde da Família; Saúde do Idoso

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