Avaliação da tendência da hanseníase nas crianças brasileiras de 2002 a 2012
Resumo
Introdução: Hanseníase é a nova nomenclatura para um mal antigo: a lepra. Ainda é de grande impacto em diversas regiões do mundo, pois apresenta potencial danoso para as pessoas, visto que origina mazelas físicas refletidas na condição psicossocial, e, consequentemente, para a sociedade, por atingir uma parcela significativa da população economicamente ativa.
Objetivos: O objetivo deste trabalho foi descrever a tendência da hanseníase na série histórica de 2002 a junho de 2012 nas crianças brasileiras.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Realizou-se um estudo transversal, retrospectivo, descritivo, utilizando os dados sobre hanseníase do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), coletados em todo território nacional através das Fichas de Notificação, no período de 2002 a junho de 2012, em crianças de 0 a 19 anos de idade, efetuando-se a análise de diversas variáveis.
Resultados: Foi verificado que 69.202 casos de hanseníase foram notificados, a maioria no ano de 2003 (9.211 casos); 51,19% dos pacientes eram do sexo masculino; a maioria de cor parda; 44,88% dos casos se concentrou na região Nordeste do Brasil; 77,20% com cura como tipo de saída; PQT/PB/6 Doses (59,13%) como esquema terapêutico; o número de doses mais frequente foi de “nenhuma dose” (74,24%) para MB e “ignorado/não preenchido” (71,24%) para PB; 82,70% apresentavam mais de cinco lesões; maioria de forma clínica indeterminada (36,50%); grau 0 em 75,87% na avaliação de incapacidade; 90,40% como casos novo de hanseníase. A redução do número de casos foi de 84%.
Conclusão ou Hipóteses: Assim, conclui-se que a hanseníase ainda constitui um grave problema de saúde pública, porém com decréscimo do número de casos, devido à tratamentos e medidas preventivas cada vez mais eficazes, torna possível a esperança de controle da doença.
Palavras-chave
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