Auto-avaliação processual: instrumento de avaliação formativa na residência médica

Resumo

Introdução: A AAP é um instrumento de avaliação formativa utilizado na Residência de Medicina de Família e Comunidade, programa de residência médica vinculado ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco.

Objetivos: A avaliação formativa é pouco utilizada pelas residências médicas. Dessa forma, o presente relato de experiência visa apresentar e discutir o instrumento denominado Auto-avaliação Processual (AAP).

Metodologia ou Descrição da Experiência: O relato de experiência se baseia na realização das AAPs por dois residentes, em etapas distintas de sua formação, sendo um do primeiro ano de residência (R1) e outro do segundo ano (R2). As avaliações foram mediadas pela preceptora da mesma Unidade de Saúde da Família (USF) onde atuam os residentes. A Auto-avaliação processual, realizada a cada três meses, é constituída por três elementos: 1. auto-avaliação propriamente dita, composta por quatro etapas (objetivos de aprendizado e seus respectivos conhecimentos, habilidades e atitudes necessários para alcança-los); 2. sentimentos do residente na presente etapa de sua formação; 3. avaliação sobre a equipe de saúde e a preceptoria.

Resultados: Foram identificadas diferenças em relação às respostas fornecidas pelos dois residentes, talvez devido às diferentes etapas de formação em que se encontram. Em relação aos objetivos, o R1 têm objetivos mais gerais e o R2 objetivos mais específicos e voltados para a finalização da residência (ex.: conclusão da monografia). Quanto aos sentimentos, o r1 disse estar feliz e tranquilo com essa nova etapa de vida, e o r2 cansado e desanimado, com vontade de reencontrar seus sentimentos do início da residência. Quanto à avaliação da equipe de saúde e da preceptoria, o r1 falou mais sobre expectativas com relação às duas questões a serem avaliadas, enquanto o R2 realizou uma avaliação de fato.

Conclusão ou Hipóteses: A utilização da Auto-avaliação processual se mostra como importante instrumento avaliativo, quando realizada em diálogo com a preceptoria, pois facilita a compreensão desta sobre o residente. Também é interessante, pois, facilita o processo de identificação pelo próprio residente de suas necessidades de aprendizado.