A experiência do pet – Atenção Básica: parceria entre serviço e universidade

Resumo

Introdução: O Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET – Saúde) foi criado em 2010 e como objetivo de fortalecer áreas estratégicas para o SUS, por meio de integração do ensino, do serviço e da comunidade.

Nosso grupo se formou em julho de 2011 e aceitou o desafio de fazer um grupo PET Atenção Básica, em um município, sede de estágio curricular da faculdade, distante 300 km: Ceres, Goiás.

Objetivos: Descrever o relato de experiência da vivência pedagógica de um grupo PET Atenção Básica na visão docente. Apontar dificuldades e facilidades de grupos tutoriais.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Descrição do relato de experiência do grupo PET – Saúde, embasado no projeto de pesquisa sobre avaliação da Atenção Primária do município, com foco na atenção a saúde das crianças, utilizando-se o instrumento de avaliação da Atenção Primária (PCATool), já validado no país. O grupo foi constituído de 12 estudantes bolsistas, de diversos semestres, dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Medicina, duas professoras do curso de Medicina e seis tutores. Os métodos utilizados foram prioritariamente rodas de conversa e o peripatético, priorizando a reflexão sobre a ação.

Resultados: Inicialmente, professores e estudantes colheram indicadores e montaram a sala de situação da cidade. Foi feita uma reunião com professores, estudantes, profissionais de saúde, tutores e gestores para eleição do problema prioritário. Então, foi decidido trabalhar com o tema saúde da criança, por ser a área de maior influência na família. Resultou em 8 dias de trabalho de campo, guiados pelos Agentes Comunitários,120 questionários colhidos em domicílio. Todos os dias havia reunião para discutir a experiência do dia, além de acompanhar os internos do estágio curricular de medicina em visitas domiciliares e discussões clínicas.

Conclusão ou Hipóteses: A vivência foi surpreendente, pois, para além da pesquisa realizada, a experiência mostrou-se transformadora. Vários aspectos curriculares puderam ser vivenciados: capacidade de tomada de decisão e liderança, capacidade de aprender a aprender, escutar, habilidades de comunicação e mais importante, trabalho em equipe. Mesmo tendo essa intensidade de aprendizado, tratou-se de experiência isolada.