Articulação da equipe mínima com o NASF na condução de casos complexos
Resumo
Introdução: O modelo biomédico não responde à complexidade da demanda encontrada no cotidiano da APS. Nesse âmbito, considerar o contexto social se torna de extrema importância para a compreensão do processo saúde-doença. Assim, é fundamental articular saberes e práticas interdisciplinares e utilizar estratégias para a produção de cuidado, destacando-se a articulação da equipe mínima com o NASF.
Objetivos: A partir do relato de um caso complexo, demonstrar a atuação da equipe mínima articulada com o NASF, propiciando a realização de apoio matricial, educação permanente e elaboração de projeto terapêutico singular, o que evidencia a importância dessa articulação na construção da clínica ampliada.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Durante consulta de demanda espontânea, foi identificada uma situação complexa, já que envolvia múltiplas variáveis do processo saúde-doença, além da questão clínica. Essa situação demandou um olhar ampliado da equipe e a busca de apoio externo. Com isso, o caso foi levado para reunião de equipe com participação do profissional de referência do NASF.
Resultados: Por meio da discussão do caso foi possível trocar conhecimentos, antes segmentados, entre os profissionais da equipe. Nesse momento, sob coordenação do profissional de referência, elaborou-se um projeto terapêutico singular, co-responsabilizando família, equipe mínima e NASF, e incluindo a articulação da equipe com aparelhos sociais existentes na comunidade. Evidenciou-se assim a importância da equipe tornar possível sair de seu modus operandi para discutir os casos complexos, apesar da dificuldade de que isso aconteça em meio ao “excesso de demanda” que chega diariamente para o atendimento.
Conclusão ou Hipóteses: Considera-se que a troca de saberes, experiências e práticas interdisciplinares promovidas pelo apoio matricial do NASF, proporcionam a ampliação da resolutivdade da equipe a partir da capacitação de seus profissionais. Dessa forma se torna evidente a importância de um trabalho integrado entre as equipes de Saúde da Família e de NASF na coordenação do cuidado, principalmente dos casos complexos.
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