Gravidez na adolescência e juventude: análise da fecundidade no estado do Pará
Resumo
Introdução: Os altos índices de fecundidade na adolescência e juventude são considerados uma problemática nacional. No Pará estes números pouco diferem da média nacional, evidenciando a relevância de políticas públicas, particularmente na Atenção Básica, voltadas à saúde sexual e saúde reprodutiva desta população.
Objetivos: Analisar as taxas de fecundidade e a proporção de nascidos vivos de mães adolescentes e jovens no Pará, segundo as regiões de saúde, no período de 2006 a 2010.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Inicialmente foram realizadas consultas a bases de dados eletrônicas oficiais - SINASC e Censos demográficos/ IBGE – integradas no Sistema DATASUS, levantando-se os dados populacionais e de nascidos vivos nas faixas etárias de 10 a 14, 15 a 19 e 20 a 24 anos, por município, nos anos de 2006 a 2010. Posteriormente, calculou-se a taxa de fecundidade e proporção de nascidos vivos por faixa etária a cada ano, sistematizando-se os resultados segundo as 12 regiões de saúde que compõe o Pará.
Resultados: Na faixa etária de 15 a 19 anos, constatou-se a redução da taxa de fecundidade em dez das doze regiões de saúde, com maior declínio no Lago de Tucuruí e elevação na Metropolitana I. Entre 20 e 24 anos, verificou-se redução na fecundidade em todas as regiões de saúde do Pará, com maior declínio no Lago de Tucuruí. Na faixa etária de 10 a 14 anos, a proporção de nascidos vivos permaneceu estável em todas as regiões; na faixa etária de 15 a 19 anos, esta proporção reduziu em oito das doze regiões de saúde, com maior declínio no Carajás e elevação no Xingu e Metropolitana II e na faixa etária de 20 a 24 anos observou-se decréscimo deste indicador em 11 regiões de saúde.
Conclusão ou Hipóteses: No Pará e no Brasil, houve redução na taxa de fecundidade e na proporção de nascidos vivos na faixa etária de 20 a 24 anos. Contudo, ente 15 e 19 anos, a sutil elevação da taxa de fecundidade nacional contrapôs-se ao declínio observado no estado. Os resultados apontam a fragilidade de regiões como Caetés, Baixo Amazonas e Metropolitanas I e II quanto à gravidez na adolescência e juventude no Pará.
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