Evolução epidemiológica e métodos diagnósticos da hanseníase no Brasil
Resumo
Introdução: Hanseníase é uma infecção crônica causada pelo M. leprae que provoca uma variedade respostas imunológicas no homem. Uma neuropatia periférica é iniciada pela infecção, cujo curso e sequelas estendem muitos anos para além da sua cura. A principal forma de transmissão é a exposição do sistema respiratório do indivíduo suscetível ao bacilo. É problema de saúde pública nos países em desenvolvimento.
Objetivos: O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão da literatura demonstrando a evolução epidemiológica da doença no Brasil e discorrer sobre os aspectos clinico-laboratoriais importantes ao diagnóstico precoce da doença.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Foram pesquisados artigos em base de dados com os descritores hanseníase; epidemiologia; clínica; tratamento; nos anos de 2010 a 2012, e dados epidemiológicos do período 2000 a 2011. Esperou-se encontrar uma diminuição da incidência da hanseníase ao longo do tempo prevalecendo bolsões com maior prevalência da doença. Da mesma forma buscou-se encontrar inovações em exames laboratoriais que possam de forma mais rápida, sensível e específica e com menor custo realizar o diagnóstico da doença; assim como as manifestações clínicas que o médico de família deve ter em mente, os procedimentos que deve realizar e quando encaminhar um paciente a uma referência.
Resultados: No Brasil a incidência da doença vem diminuindo, mas a média ainda é 15,88/100mil habitantes. O Estado mais hiperendêmico é Mato Grosso com 7,52/10mil e predomínio de formas PB. No sul e sudeste, áreas com prevalência menor que 1/10mil, formas MB são preponderantes. O diagnóstico clínico e a diferenciação das formas da doença são realizados através da história clínica-epidemiológica do paciente, exame dermatoneurológico para identificar lesões e alterações de sensibilidade, e/ou comprometimento neural periférico. Os exames laboratoriais citados foram: exame baciloscópico de raspado dérmico, exame histopatológico, pesquisa do DNA bacteriano por PCR e pesquisa de anticorpos anti- M. leprae.
Conclusão ou Hipóteses: Apesar de novos métodos laboratoriais, a história clínica-epidemiológica ainda é o principal método diagnóstico na atenção primária. No Brasil a incidência vem diminuindo, embora permaneçam áreas hiperendêmicas, que demandam atenção e investimento de políticas públicas. Investir na otimização do tratamento e em centros terciários é uma necessidade, assim como em campanhas de educação aos cidadãos.
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