Alterações de hábito alimentar de idosos do distrito Dagua em Belém - PA
Resumo
Introdução: Os hábitos alimentares são diferentes em cada país, região, cultura e idade. Alguns deles se mantêm estáveis e aparentes depois de anos de renovações alimentares; outros começaram a mudar com o advento da era baseada na saúde e culto ao corpo. Os idosos não ficaram atrás nessa inovação, seja pela influência do marketing em alimentação saudável ou pelo aumento na expectativa de vida.
Objetivos: O presente trabalho buscou conhecer as mudanças nos hábitos alimentares da população idosa do Distrito Administrativo Guamá (DAGUA).
Metodologia ou Descrição da Experiência: Foi elaborado questionário multidisciplinar semi-estruturado e aplicados a idosos institucionalizados, de alguma maneira, e àqueles abordados nas ruas, em bairros com população de baixa renda na cidade de Belém do Pará. Nas instituições que trabalhavam com idosos foram realizadas ações educativas por meio de: palestras, mesas-redondas e café da manhã saudável, com o intuito de educar e recolher dados sobre diversos temas entre eles a alimentação da população idosa. O tratamento, a análise dos dados e a geração de gráficos/tabelas foram feitos em planilha Excel® 2007.
Resultados: A comprovação da mudança de hábito se evidencia quando da amostra de 205 idosos 81% responderam que não ingeriram embutidos pelo preço elevado; 50% afirmaram não consumir fritura em nenhum dos dias da semana anterior da pesquisa, mudança provocada pela orientação disseminada de que frituras e gorduras saturadas são menos saudáveis; 53% da população estudada ingere carne branca, mesmo com o aumento de preço; 85,4% comem feijão, porém somente 28,3% come-o todo o dia; 91,7% consomem frutas pelo menos uma vez por semana; 50,2% referem consumir fruta todos os dias; 82% dos idosos relatam beber leite e desses 67,8% o fazem diariamente.
Conclusão ou Hipóteses: A pesquisa constatou a mudança dos hábitos alimentares na população estudada, com a melhora na qualidade dos mesmos; que os preços de produtos mais saudáveis, como o pescado e o feijão são os maiores empecilhos para a melhora da qualidade da alimentação, barreira que poderia ser transposta por políticas pública de maior incentivo à produção e comercialização no mercado regional.
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