Candidíase: fatores associados em mulheres da capital e interior do Pará, Brasil
Resumo
Introdução: A Candidíase Vulvovaginal (CVV) destaca-se dentre as micoses oportunistas frequentes em mulheres paraenses, devido o clima equatorial. Causada principalmente por leveduras de Candida albicans, a CVV é geralmente adquirida a partir de mudanças no equilíbrio do meio vaginal, gerando prurido vulvar intenso. Assim, é importante avaliar a frequência desse patógeno, relevando os fatores de risco.
Objetivos: Verificar a presença de sintomas em mulheres que realizaram o Exame Preventivo de Câncer do Colo Uterino (PCCU), resultando em casos positivos para o fungo, assim como, fatores de risco apresentados pelas mesmas.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Nos anos de 2009, 2011 e 2012, foram realizados exames de Papanicolaou (PCCU) no Laboratório de Citopatologia da Universidade Federal do Pará. Houve coleta do esfregaço cérvico - vaginal das mulheres que procuraram o serviço por demanda espontânea. Foram convidadas a realizar o exame, aquelas que nunca o fizeram ou que não o faziam há mais de um ano.
Resultados: Foram analisadas amostras de esfregaços cérvico-vaginais sugestivas de Candida sp de 23 pacientes. A idade variou de 17 a 60 anos, onde 52,2 % (n= 12) iniciou a vida sexual antes dos 20 anos e 82,2 % (n= 19) tem vida sexual ativa. O uso de preservativo foi relatado por 56,5% (n= 13) das pacientes, 69,5% (n= 16) realiza higiene íntima externa e 60,8% (n= 14) usam anticoncepcional. Com relação aos sintomas, corrimento foi apontado por 86,9 % (n=20) das mulheres, 47,82% (n=11) relataram prurido vulvar e 30,43% (n= 7) ardência ao urinar. O consumo de medicamentos foi apontado por 30,43% (n=7) das pacientes, incluindo antibiótico e antifúngico, diretamente relacionado ao combate à Candidíase.
Conclusão ou Hipóteses: O corrimento vaginal, o prurido vulvar e ardência ao urinar são os sintomas mais frequentes quando se fala em CVV. Anticoncepcionais e antibióticos favorecem o desenvolvimento de pseudo-hifas, pois aumentam a concentração de glicogênio e reduzem a microbiota genital normal, respectivamente, o que favorece a disseminação do fungo.
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