Ações em saúde mental na Estrategia Saúde da Família

Resumo

Introdução: A Estratégia Saúde da Família, como modelo de reorganização da Atenção Primária à Saúde, é um espaço privilegiado para a estratégia substitutiva proposta pela Reforma Psiquiátrica. Devido à dificuldade de implantação da mesma, o presente estudo tem por objetivo realizar uma revisão da produção de conhecimento que focalizem as ações de saúde mental no cotidiano de trabalho das equipes da ESF.

Objetivos: Analisar as ações realizadas em Saúde Mental realizadas pela Estratégia Saúde da Família, fortalecendo os princípios da Reforma Psiquiátrica, tendo como base a revisão de literatura realizada a partir do levantamento da produção científica.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foi realizado um estudo exploratório, descritivo, com base na revisão de literatura, presente em diferentes publicações do Portal Biblioteca Virtual de Saúde, BIREME e Scielo no período entre 2003 e 2011, que abordassem as ações realizadas em Saúde Mental pelas equipes do Programa Saúde da Família, a partir dos princípios da Reforma Psiquiátrica. A partir da caracterização das ações realizadas em Saúde Mental pelas equipes do Programa Saúde da Família, de acordo com os princípios da Reforma Psiquiátrica, foi possível mostrar como os resultados da análise dessa produção científica podem contribuir para a atuação da equipe do PSF na Saúde Mental.

Resultados: A ESF é um espaço adequado para atender o paciente na área de Saúde Mental, apesar dos impasses existentes referentes à efetivação da Reforma Psiquiátrica. As práticas enfatizam o acolhimento, sensível às demandas dos usuários e a disponibilidades dos profissionais ao cuidado desses pacientes e seus familiares. O apoio matricial e o CAPS fortalecem a continuidade do cuidado, a qualificação dos trabalhadores da ESF em saúde mental e o acesso à rede especializada. O estudo aponta também para a necessidade de maior preparo dos profissionais em saúde mental e enfatiza a realização de um trabalho conjunto, entre os familiares e as equipes de saúde da família, a partir do enfoque psicossocial.

Conclusão ou Hipóteses: O estudo aponta para a necessidade de maior preparo dos profissionais em saúde mental, utilizando-se de tecnologias leves como o acolhimento e disponibilidades dos profissionais para o cuidado desses usuários, enfatizando a realização de um trabalho conjunto, entre os familiares e as equipes de saúde da família, a partir do enfoque psicossocial.