Aceitação da doença como promotora da adesão ao tratamento da diabetes
Resumo
Introdução: A Diabetes Mellitus é uma doença crônica que afeta e compromete a qualidade de vida de várias pessoas, que apesar de “assintomática”, pode culminar em consequências desastrosas para o paciente, como amputações, retinopatia, entre outras. Conhecendo essas complicações, acadêmicos de medicina acompanharam uma comunidade, com abordagem multiprofissional, para avaliar o grau de aceitação do doente.
Objetivos: Melhorar a qualidade do tratamento da Diabetes Mellitus pela maior aceitação e conhecimento sobre a doença.
Metodologia ou Descrição da Experiência: : Foram realizadas visitas domiciliares na comunidade a fim de aplicar um questionário semiestruturado para avaliar o conceito da doença e suas consequências caso não seja tratada satisfatoriamente. Durante as entrevistas, foi perguntado ao paciente há quanto tempo este recebeu o diagnóstico de DM e se ele realizava o tratamento corretamente. Muitos pacientes foram diagnosticados há mais de 10 anos e vários deles só realizavam o tratamento (medicamentoso) quando sentia algum sintoma da doença. Após analise dos questionários, foi realizada uma palestra com demonstração de alimentação correta, conceito, fisiopatogenia e consequências da doença além de aferição de pressão e glicemia em jejum.
Resultados: Muitos pacientes acreditavam em outra causa que não a DM, quando questionados acerca das complicações, por esta se tratar de uma doença assintomática. Alguns declararam reduzir a medicação recomendada pelo médico por conta própria por considerarem que já estavam “curados” da doença. A maioria dos pacientes apresentava hipertensão e altas taxas de glicemia. Quase a totalidade dos entrevistados não praticava atividade física e não cumpria com todas as exigências da alimentação saudável para um diabético, realizando, portanto, apenas o tratamento medicamentoso. Os idosos eram a maioria, e poucos contavam com o apoio da família.
Conclusão ou Hipóteses: Concluímos que o nível de conhecimento sobre a doença é insatisfatório, pois muitos acham que podem autorregular a posologia do medicamento quando o sintoma da doença acaba. Quanto aos pacientes mais novos, a adesão ao tratamento foi satisfatória. Alguns pacientes possuem conhecimento sobre a doença e suas complicações, mas não põe em prática e acreditam que só os medicamentos são suficientes.
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