Abordagem sobre sexualidade para jovens no Centro de Educação Complementar (CEC), Florianópolis
Resumo
Introdução: O interesse pela sexualidade nos jovens é cada vez mais precoce. Devido a carência de apoio e informação tornam-se mais suscetíveis a uma vida sexual repleta de dúvidas, insatisfações e exposições às doenças sexualmente transmissíveis. Apesar do consenso entre estudiosos sobre a necessidade de se discutir questões relacionadas à sexualidade o tema ainda é considerado um tabu por pais e educadores.
Objetivos: Contribuir com a educação sexual de jovens de 9 a 14 anos, a fim de promover a educação em saúde, no Centro de Educação Complementar da Costeira do Pirajubaé (projeto social da Prefeitura de Florianópolis, complementar à educação regular, com foco na assistência social e ampliação da cidadania).
Metodologia ou Descrição da Experiência: As acadêmicas da 4ª fase do curso de medicina da UFSC elaboraram uma proposta para trabalhar sobre sexualidade com alunos de idade entre 9 a 14 anos do CEC. Foi confeccionada uma urna para o depósito de perguntas abertas, onde permaneceu uma semana na escola. A partir das dúvidas levantadas, os temas centrais para discussão foram preparados, tais como mudanças corporais e sentimentos relativos à sexualidade. Durante a atividade, realizou-se uma roda de conversa priorizando a democratização da fala e incentivando a participação de todos. Os recursos didáticos utilizados foram imagens e modelos anatômicos. A atividade foi realizada em outubro de 2012 e contou com a participação de 20 alunos.
Resultados: A urna de perguntas mostrou-se um meio bastante eficiente no levantamento inicial das principais dúvidas dos jovens. Essas envolviam de um modo geral, os seguintes assuntos: doenças sexualmente transmissíveis, homossexualidade, reprodução e demais curiosidades a cerca de relação sexual. Além disso, a discussão informal, incentivando a participação dos jovens confirmou ser uma forma efetiva na solução dos seus principais questionamentos, permitindo também, que informações complementares pudessem ser repassadas, como a questão da saúde e do respeito. Ao fim da atividade, solicitamos uma avaliação do nosso trabalho e por meio desta, pudemos perceber a efetividade da atividade realizada.
Conclusão ou Hipóteses: Esta experiência demonstra que é possível realizar educação sexual de maneira informal com crianças e pré-adolescentes visando sanar seus questionamentos, para que assim, diante de suas próprias experiências, crenças e culturas, cada um possa desenvolver sua sexualidade e respeito ao próximo de forma saudável. A troca de saberes entre acadêmicos e alunos contribuiu para a formação de ambos.
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