Abordagem sobre sexualidade para jovens no Centro de Educação Complementar (CEC), Florianópolis

Juliana Regina Destro, Amábily Fernanda Gesser Longen, Fernanda Tasso Borges Fernandes, Flavia Helena Bergmann, Thaís Christine dos Santos Surgik

Resumo


Introdução: O interesse pela sexualidade nos jovens é cada vez mais precoce. Devido a carência de apoio e informação tornam-se mais suscetíveis a uma vida sexual repleta de dúvidas, insatisfações e exposições às doenças sexualmente transmissíveis. Apesar do consenso entre estudiosos sobre a necessidade de se discutir questões relacionadas à sexualidade o tema ainda é considerado um tabu por pais e educadores.

Objetivos: Contribuir com a educação sexual de jovens de 9 a 14 anos, a fim de promover a educação em saúde, no Centro de Educação Complementar da Costeira do Pirajubaé (projeto social da Prefeitura de Florianópolis, complementar à educação regular, com foco na assistência social e ampliação da cidadania).

Metodologia ou Descrição da Experiência: As acadêmicas da 4ª fase do curso de medicina da UFSC elaboraram uma proposta para trabalhar sobre sexualidade com alunos de idade entre 9 a 14 anos do CEC. Foi confeccionada uma urna para o depósito de perguntas abertas, onde permaneceu uma semana na escola. A partir das dúvidas levantadas, os temas centrais para discussão foram preparados, tais como mudanças corporais e sentimentos relativos à sexualidade. Durante a atividade, realizou-se uma roda de conversa priorizando a democratização da fala e incentivando a participação de todos. Os recursos didáticos utilizados foram imagens e modelos anatômicos. A atividade foi realizada em outubro de 2012 e contou com a participação de 20 alunos.

Resultados: A urna de perguntas mostrou-se um meio bastante eficiente no levantamento inicial das principais dúvidas dos jovens. Essas envolviam de um modo geral, os seguintes assuntos: doenças sexualmente transmissíveis, homossexualidade, reprodução e demais curiosidades a cerca de relação sexual. Além disso, a discussão informal, incentivando a participação dos jovens confirmou ser uma forma efetiva na solução dos seus principais questionamentos, permitindo também, que informações complementares pudessem ser repassadas, como a questão da saúde e do respeito. Ao fim da atividade, solicitamos uma avaliação do nosso trabalho e por meio desta, pudemos perceber a efetividade da atividade realizada.

Conclusão ou Hipóteses: Esta experiência demonstra que é possível realizar educação sexual de maneira informal com crianças e pré-adolescentes visando sanar seus questionamentos, para que assim, diante de suas próprias experiências, crenças e culturas, cada um possa desenvolver sua sexualidade e respeito ao próximo de forma saudável. A troca de saberes entre acadêmicos e alunos contribuiu para a formação de ambos.


Palavras-chave


Educação; Sexualidade; Jovens

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