Análise epidemiológica da esquistossomose no município de Ouro Preto – Minas Gerais

Humberto Rodrigues Parreira, Amanda Jackcelly Borges Neves, Marcela Mitterhoffer Monteiro, Sidney Batista Araújo

Resumo


 

Introdução: A esquistossomose mansônica é uma endemia mundial. Minas Gerais é o estado com a maior área endêmica do país. Todo caso confirmado, sem contra-indicação médica, deve ser tratado. Em áreas endêmicas apenas as formas graves devem ser notificadas O município de Ouro Preto-MG, é, uma cidade histórica e endêmica para esquistossomose.

Objetivos: Analisar descritivamente os dados fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) referentes à esquistossomose, no período de 2007 a 2010, no município de Ouro Preto-MG. Identificar as áreas mais atingidas, a faixa etária, a escolaridade, a raça e o sexo.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A partir de dados do SINAN, fornecidos pela Secretaria de Saúde do Município de Ouro Preto-MG, no período de 2007 a 2010, cuja amostra foi de 33 pessoas: Estabeleceu-se as variáveis prioritárias para entendimento da situação da esquistossomose na região: ano, sexo, idade, localidade, escolaridade e raça. As análises descritivas destas variaveis foi realizada através do programa de computador Epi Info 6.0. A amostra possui indivíduos com idade variando de 2 a 57 anos. Segundo os critérios do SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional), crianças são indivíduos com idade de 0 a 10 anos e adolescentes aqueles com idade de 11 a 20 anos. Acima de 20 anos é considerado como adulto.

Resultados: 63,6% da amostra (n=33) é masculina e 36,4%, feminina. 63,2% considera-se parda, 21,1% negra, 10,5% branca e 5,3% amarela. 54,5% das noticações foi em 2007 enquanto que em 2009 e 2010 foi de 12,1%. No bairro Antônio Pereira registrou-se 66,7% das notificação. Os bairros da região de Cachoeira do Campo apresentaram 30,3%. São áreas menos urbanizadas com coleções hídricas e presença confirmada do Biomphalaria glabrata (relatório de trabalho malacológico de 2011) em Antônio Pereira. 85,7% cursou 5ª à 8ª série incompleta; 14,3% cursou o ensino médio.A amostra (n=33) varia de 2 a 57 anos. 21,2% são crianças; 45,5% adolescentes e 33,3% adultos.

Conclusão ou Hipóteses: As notificações foram maiores nos anos de 2007 questionando-se a possibilidade de preenchimento superestimado das fichas (notificação de casos não graves ao SINAN em área endêmica). Houve dificuldade de encontrar dados de prevalência recentes. Este estudo permitiu avaliar o perfil dos indivíduos mais acometidos pela esquistossomose no município de Ouro Preto-MG.


Palavras-chave


Esquistossomose; Ouro Preto; SINAN

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