Análise da mortalidade na infância em relação à idade materna em Manaus

Nathelly Pontes de Almeida, Bárbara Luiza Silva Paim, Rodrigo Tobias de Souza

Resumo


Introdução: Com a mudança comportamental observada ao longo dos anos, os adolescentes vêm experimentando mudanças relacionadas à sexualidade que repercutem nos aspectos psicossociais. Como consequência destas, podemos registrar o aumento do índice de gravidez entre adolescentes. Diversos fatores podem ter contribuído, entre eles: menarca precoce; deficiência na educação sexual e estilo de vida urbana.

Objetivos: O objetivo do trabalho é verificar a mortalidade em menores de cinco anos em relação às mães adolescentes no município de Manaus e se há um índice maior, devido ao risco da gravidez, nesse universo populacional, para estabelecermos prioridades e traçarmos projetos em nível de assistência à saúde.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O presente trabalho é de natureza descritiva e analítica e de abordagem quantitativa. Adotou como população do estudo todo o contingente de crianças menores de cinco anos que vieram a óbito e de nascidos vivos, assim como suas respectivas mães, no município de Manaus, capital do Amazonas. Com esses dados calculamos os óbitos na infância por mil nascidos vivos, índice de mortalidade na infância. O período a ser analisado tem início em 1 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2010. O trabalho utilizará dados secundários provenientes da base de dados do Sistema único de Saúde (SUS) assim como do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Resultados: A partir do estudo, observamos que proporcionalmente, ou seja, utilizando os nascidos vivos, as taxas de mortalidade na infância são maiores entre os grupos de risco, ou seja, aquelas mulheres que tiveram seus filhos entre os 10 e 19 anos, adolescentes, e também entre as que tiveram uma gravidez tardia, maiores que 40 anos. A maior taxa chegou a 370,37 óbitos para cada mil nascidos vivos nas grávidas entre 45 e 49 anos e, na faixa dos 10 aos 14 anos, a taxa chega a 16,9, apresentando o terceiro pior resultado. O menor índice ficou entre as mulheres de 25 a 29 anos, com um total de 10,3 óbitos para cada mil nascidos vivos.

Conclusão ou Hipóteses: A gravidez na adolescência está presente em nossa sociedade e acompanhada da falta de assistência a necessidades sociais e de qualidade de assistência à saúde, o que faz com que as adolescentes apresentem durante a gestação, para si e para o seu filho, maior risco de complicações. Sugerimos maior aprofundamento desta problemática, a fim de atender as necessidades de saúde deste grupo etário.




Palavras-chave


Adolescentes; Gravidez

Texto completo:

PDF/A

Apontamentos

  • Não há apontamentos.