Algumas condições de saúde materno-infantis em Viçosa, MG, um estudo transversal
Resumo
Introdução: A cidade de Viçosa, Minas Gerais, possui uma população de 72.222 habitantes, sendo 786 menores de um ano de idade (IBGE, 2010). Com 15 Equipes de Saúde da Família (ESF) oferece uma cobertura a aproximadamente 60% de seus cidadãos.
Objetivos: Conhecer possíveis diferenças relacionadas a algumas condições de saúde materno-infantis, considerando o binômio [mãe-criança até um ano de idade], foi o propósito deste trabalho.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Foi aplicado um questionário padronizado às mães das crianças menores de um ano que levaram seus filhos para vacinar em 14 pontos de vacinação no município no dia 13/08/2011. Este inquérito buscou informações sobre o pré, peri e pós-natal, assim como dados sócio-demográficos. Os resultados foram tabulados no programa Microsoft Office Excel 2010 e a análise feita pelos softwares EPIINFO e SPSS Statistics 17.0. Foram utilizadas tabelas de frequência simples e de frequências cruzadas, juntamente com o teste de independência de qui-quadrado ou teste exato de Fisher, com nível de significância de 5% (p<0,05). A Razão de Prevalência foi utilizada com Intervalo de Confiança de 95%.
Resultados: De um total de 473 crianças menores de um ano vacinadas nestes locais no referido dia, 367 mães responderam às perguntas, 75% cadastradas em uma ESF. Encontrou-se associação estatisticamente significante entre o tipo de parto [Cesariana] com: idade da mãe (maiores de 20 anos, p=0,005), aquelas com alta escolaridade (8 ou mais anos de estudo, p=0,002) e aquelas que realizaram o acompanhamento pré-natal e parto em serviços privados (p<0,001). Outra associação significante foi o número de consultas pré-natais (mais de 7), com este sendo feito em serviços privados (p<0,001). Ser primípara e não ter amamentado com p=0,052 foi "quase" significante.
Conclusão ou Hipóteses: Percebe-se que Viçosa segue o padrão de Minas e do Brasil em relação ao tipo de parto: predominância de cesariana (68%) e a associação positiva entre esta e a alta escolaridade da mãe e o tipo de serviço utilizado no pré-natal e parto (privado). Não ocorreu significância entre ser cadastrada em uma ESF e ter maiores índices de aleitamento ou mais consultas no pré-natal.
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