Projeto viver melhor na escola: programa interdisciplinar de consultoria escolar

João Henrique Godinho Kolling, Olga Falceto, Ana Margareth Siqueira Bassols, Clarissa Golbert, Beatriz Mazui

Resumo


Introdução: O Projeto Viver Melhor na Escola é uma iniciativa do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e da UBS HCPA/Santa Cecília, com a colaboração da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Instituto da Família Porto Alegre para capacitar professores de escolas da área de atuação da UBS HCPA/Sta Cecília.

Objetivos: Desenvolver ações entre educadores, alunos e familiares integrando as áreas biológica, psicossocial, pedagógica e a organização comunitária para a solução de conflitos e promoção de saúde escolar.

Conduzir o trabalho de modo a facilitar que os resultados sejam mantidos de forma auto-sustentável.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Em reuniões semanais, um grupo multidisciplinar integrantes de 4 equipes de Saúde da Família, psiquiatras da infância e adolescência,terapeutas familiares e comunitários, pediatras, nutricionistas, pedagogos e posteriormente professores das 6 escolas envolvidas, planejou encontros semestrais de capacitação dos professores e ações continuadas com a comunidade escolar.

Destaca-se a adequação das intervenções de acordo com as necessidades e demandas de cada escola, incluindo ações de inteligência social e emocional, justiça restaurativa, sexualidade, grupos de professores, terapia comunitária com pais, diagnóstico de dificuldades de aprendizagem e ações pedagógicas de intervenção.

Resultados: As escolas participantes passaram a reconhecer na UBS HCPA/Sta Cecília e porta de entrada ao SUS. As diferentes intervenções conseguiram aumentar o empoderamento dos professores. A abordagem de casos complexos fez necessária uma bem sucedida integração com o CRAS e em menor escala com Conselhos Tutelares e Judiciário. Ao fim de dois anos a coordenação do projeto foi transferida para a equipe da UBS e o projeto foi incorporado no Programa Saúde na Escola, garantindo sua continuidade. Os professores passaram a identificar, nos eventos que integravam as diferentes escolas, o potencial de fortalecerem-se com o apoio mútuo.

Conclusão ou Hipóteses: Identificou-se a necessidade de pereseverar ao longo de dois anos para conseguir uma aliança sólida com as escolas. Além de realizar ações de saúde com alunos, é fundamental envolver os professores, dar atenção aos seus sofrimentos e ajudá-los a se empoderar em estratégias saudáveis de resolução de conflitos. O maior desafio persiste na integração dos pais e da comunidade com as escolas.





Palavras-chave


Saúde Escolar; Atenção Primária à Saúde; Equipe Multidisciplinar

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