Projeto terapêutico singular: transformando as práticas de cuidado em um CAPSad

Resumo

Introdução: O Projeto Terapêutico Singular – PTS é um dos dispositivos de gestão pertencente ao HUMANIZASUS, e caracteriza-se como um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar¹, sendo essencial o seu desenvolvimento em todos os contextos de saúde, como no caso da Saúde Mental.

Objetivos: Relatar a experiência dos bolsistas do projeto Pró/PET Saúde UNCISAL no processo de construção do Projeto Terapêutico Singular dos usuários do CAPSad Dr. Everaldo Moreira, Maceió-AL.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Na prática do CAPSad, os bolsistas participaram semanalmente das atividades, ações e estratégias que foram desenvolvidas no serviço. Dentre todas as experiências vivenciadas, estava a da construção do PTS, ferramenta clínica que traduz uma nova forma de pensar e agir dos profissionais, reconhecendo cada sujeito como único e singular. Para a realização de cada etapa exigida, como o diagnóstico, definição de metas, responsabilização e reavaliação, foi essencial utilizar como metodologia a criação do vínculo entre bolsistas/usuários por meio de mecanismos de empatia, atenção, diálogo, escuta e convívio para assim poder obter ações que realmente atendessem as necessidades dos sujeitos.

Resultados: Com o processo de construção do PTS foi possível observar inúmeros benefícios no desenvolvimento do cuidado e assistência no CAPSad. Dentre estes, podemos citar o acolhimento, criação do vínculo entre bolsistas/usuários, atendimento integral e contínuo, trabalho em equipe, gestão humanizada, produção de autonomia, protagonismo e inclusão social. Além disso, esta experiência pôde contribuir para uma formação profissional completa e condizente com os princípios e diretrizes que norteiam o Sistema Único de Saúde.

Conclusão ou Hipóteses: Após a construção do vínculo e elaboração do PTS, percebeu-se a importância dos profissionais adotarem uma prática centrada no usuário, indo além do diagnóstico, considerando todos os determinantes de saúde/doença. Sendo fundamental o uso desse instrumento durante a formação, para a construção de uma prática baseada no cuidado integral, a partir das multiplicidades que a constitui.