Projeto saúde nas aldeias indígenas das Etnias Atikum e Pankará
Resumo
Introdução: A saúde como bem estar físico mental e social, para os povos indígenas é um conceito, sobretudo incompleto e que não responde as necessidades e especificidades dos povos indígenas. Contemplando essa questão, foi elaborado um projeto de autoria de alguns estudantes indígenas da Universidade de Brasília para prestação de atendimento básico em saúde dentro das suas próprias comunidades.
Objetivos: Realizar palestras educativas sobre temas na área de saúde, adaptados à realidade local das aldeias; Prestar atendimento básico de saúde às populações indígenas pertencentes aos povos Atikum e Pankará; Contribuir com a promoção, prevenção e recuperação da saúde da população indígena.
Metodologia ou Descrição da Experiência: O presente projeto foi desenvolvido nas aldeias indígenas das etnias Atikum e Pankará (Carnaubeira da Penha – PE). Foram realizadas palestras educativas e atendimento básico de saúde. Nas palestras foram abordados temas relacionados à saúde sobre sexualidade para jovens, anticoncepção, alimentação saudável, drogas, higiene básica, hipertensão arterial sistêmica e Diabetes; adaptados à realidade local. Sendo utilizados para esse fim: cartazes, álbuns seriados e equipamento digital emprestado das escolas indígenas. O público alvo constou de todos os índios das aldeias visitadas, sem distinção de sexo ou idade.
Resultados: Encarado como uma estratégia de educação continuada, o presente projeto conta com uma boa aceitação por parte do público alvo, com trocas de experiências e aprendizado sobre o processo saúde-doença. Ao longo de quatro anos o projeto vem sendo executado com êxito por alguns alunos indígenas do curso de medicina da Universidade de Brasília. A população alvo comparece às palestras e aprende como manter uma boa saúde através de hábitos alimentares e higiênicos corretos, tirando dúvidas a respeito de tratamentos médicos e conhecendo algumas doenças prevalentes e sua forma de prevenção.
Conclusão ou Hipóteses: O atendimento de saúde aos grupos indígenas encontra-se ainda bastante deficitário, sobretudo, de recursos humanos. A falta de profissionais, ou até mesmo a sua alta rotatividade, dificulta o seguimento dos pacientes. A análise e observação de tal fato contribuiu para o desenvolvimento desse projeto, voltado à educação e prevenção sanitária nas aldeias indígenas das etnias Atikum e Pankará.
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