Prevalência de transtorno mental em unidade de saúde da família em Manaus

Naila Mirian Las-Casas Feichas

Resumo


Introdução: Partindo da experiência de acompanhamento na Unidade saúde da Família Sul 52 e da parceria com o programa de residência médica em Psiquiatria, avaliamos a prevalência de transtornos mentais, através da revisão dos prontuários, tendo como base a procura espontânea para tratamento de transtorno mental ou a presença de sintomas de transtorno mental durante a consulta médica.

Objetivos: Avaliar a prevalência de transtornos mentais no bairro União de acordo com o CID-10; avaliar as medicações mais prescritas.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo exploratório, quantitativo, utilizando dados e informações de prontuários no período de junho de 2000 a junho de 2012.

Resultados: A população acompanhada na unidade saúde na faixa etária de 20 a 59 anos é de 3249, dos quais, 37 (1,1%) apresentam transtorno mental. O predomínio é de mulheres (62%); sendo a maior incidência na faixa etária dos 30 a 40 anos (37,8%). De acordo com o CID -10, o diagnóstico mais prevalente foi depressão (F32) com 10 casos (27%), seguido de transtorno de pânico (F41.1-6 casos - 16%); abuso de álcool/drogas (F10/F14 -6 casos - 16%); esquizofrenia (F20- 2 casos - 5%) e transtorno bipolar (F31 - 2 casos - 5%). As medicações mais prescritas são os inibidores da recaptação da serotonina (10 casos - 27% em uso de Fluoxetina) e os tricíclicos (12 casos - 32% em uso de Amitriptilina).

Conclusão ou Hipóteses: No Brasil, de modo geral, carecemos de dados sobre prevalência de transtornos mentais, principalmente, na população manauara. Este estudo pode exemplificar nossa realidade bem como a necessidade de maior autonomia da Atenção Básica para prescrever e dispensar as medicações necessárias e de ampliar a oferta ao atendimento médico e psicoterápico recomendado.




Palavras-chave


Transtorno Mental; Atenção Primária; Prevalencia

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