Hanseníase em crianças e adolescentes: atualidade no Brasil

Resumo

Introdução: A Hanseníase é uma doença infecto-contagiosa,com evolução lenta, de notificação compulsória, endêmica no Brasil, sendo ainda um problema de saúde pública, com prevalência em crianças e adolescentes maior em países endêmicos e acima do esperado pela Organização Mundial da Saúde para todas as faixas etárias, inclusive a pediátrica.

Objetivos: O artigo possui o objetivo de expor os aspectos epidemiológicos, etiológicos e formas de diagnóstico precoce das desordens da hanseníase em crianças e adolescentes, assim como suas peculiaridades na população infantil.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foram pesquisados e selecionados 25 artigos da base de dados Medline, PubMed, em sites oficiais da Organização Mundial da Saúde, teses e publicações do Ministério da Saúde no período de 1990 a 2011.

Resultados: O Brasil possui ao redor de 47.000 casos novos por ano e destes, 7 a 8% são crianças.Incidência sem evidencia entre os sexos. População mais acometida entre 10 a 15 anos, poucos casos de crianças menores de 3 anos. Maioria tem lesões em áreas expostas, como membros e troncos e menos de 20% em face e pescoço. Os estados reacionais e incapacidades são menos frequentes, sendo mais prevalente nas faixas etárias de 10 a 15 anos. Principais transmissores são os contatos intra-domiciliares íntimos. Diagnóstico: presença de 1 ou mais dos achados: Lesão de pele com alteração de sensibilidade; acometimento de nervo com espessamento neural; Baciloscopia positiva. O tratamento é a poliquimioterapia.

Conclusão ou Hipóteses: Dessa forma, com o diagnóstico precoce, tratamento eficaz e a realização de BCG aos contatos íntimos, é possível atingir um controle epidemiológico, visando a meta de 1 caso para cada 10.000, fazendo com que a Hanseníase diminua na população pediátrica e deixe de ser um problema de saúde pública no Brasil.