Fator de risco familiar: sobrepeso e obesidade infantil

Suseli Carneiro da Costa, Pamela Luján Vargas Narváez

Resumo


Introdução: A avaliação do risco familiar tem sido proposta como instrumento importante para diagnostico das condições familiares e priorização de visitas domiciliares pelas equipes multiprofissionais nas Unidades Saúde da Família. Entre os aspectos familiares considerados de risco encontra-se a desnutrição infantil, mas não a obesidade infantil, porém, tanto a desnutrição quanto a obesidade estão associados.

Objetivos: Analisar a relação do sobrepeso e obesidade infantil com o risco familiar de crianças atendidas em uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF).

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo seccional exploratório em 50 crianças de 0 a 5 anos, atendidas em uma UBSF Distrito Sul/Campo Grande-MS. Foi aplicada pelos Agentes Comunitários de Saúde a Escala de Risco das Famílias, de acordo com “Critério UFES”, com orientação dos alunos de graduação em medicina e realizada avaliação antropométrica utilizando-se o índice peso/ altura por sexo em escore z, de acordo com padrão de referência da OMS, 2006.

Resultados: Em 48 crianças com dados antropométricos, encontrou-se risco de sobrepeso em 20%, sobrepeso em 14,6%, obesidade em 8,3% e apenas 2,1% de magreza. Tais achados relacionam-se com dados publicados pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), indicando aumento obesidade infantil nos últimos 20 anos, sendo encontrada em 10% das crianças Brasileiras, provenientes de todas as camadas sócio-econômicas. Quanto ao Risco familiar 74% das famílias apresentou Risco 1, 80% predominando o desemprego e uso de drogas. Observou-se uma correlação entre excesso de peso corporal e risco familiar, pois dentre as crianças com excesso de peso corporal, 92,3% das famílias avaliadas apresentaram risco familiar.

Conclusão ou Hipóteses: Os dados evidenciam a urgência no planejamento de ações na Atenção Primária visando à prevenção da obesidade infantil e suas complicações na vida adulta. Sugerem ainda que não apenas a desnutrição, mas também o excesso de peso corporal em menores de cinco anos seja considerado no instrumento de avaliação de risco familiar, segundo “critério UFES”.





Palavras-chave


Risco Familiar; Obesidade Infantil; Atenção Primária

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