Rede para o cuidado ao idoso do sistema público do Brasil

Resumo

Introdução: O maior desafio na atenção à saúde da pessoa idosa, no Brasil, é contribuir para que vivam com a máxima capacidade funcional até a finitude, sendo necessária uma rede de atenção para dar conta do cuidado ao idoso.

Objetivos: Analisar a rede de atenção à saúde estabelecida na Atenção Primária à Saúde para o cuidado à pessoa idosa do Sistema Público de Saúde de grande metrópole, Brasil.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo fundamentado na Ground Theory. A coleta de dados ocorreu entre novembro e dezembro de 2011, utilizando-se grupo focal e entrevista individual, totalizando 20 profissionais da Atenção Primária à Saúde de uma grande metrópole brasileira. Respeitou-se os preceitos éticos. A análise ocorreu simultaneamente à coleta, interrompida com a saturação dos dados.

Resultados: Os profissionais buscam articular a rede de atenção para o cuidado ao idoso que atenda às suas demandas, representando a ponta do ice berg. O cuidado ao idoso segue uma lógica biologista, orientada para o atendimento das condições agudas. Há destaque no atendimento na Atenção Primária à Saúde para o idoso com alguma patologia e especificamente a doença crônica. As limitações dos profissionais no atendimento inicial ao idoso são de certa forma, expansoras da rede de cuidados provocando a interação multiprofissional e a interdependência dos serviços.

Conclusão ou Hipóteses: A diversidade dos processos de atenção à saúde, o caráter transversal e o amplo número de atores envolvidos exigem estrutura em rede para dar conta da assistência ao idoso visando à preservação da capacidade funcional. O primeiro contato do idoso e Atenção Primária congrega facilidades e barreiras ao cuidado, tido como novo, com especificidades de pouco domínio neste contexto.