Reflexões sobre o papel do gestor local na Estratégia Saúde da Família
Resumo
Introdução: A atenção primária se diferencia por quatro atributos: acolhimento, longitudinalidade, integralidade e coordenação. A longitudinalidade é relevante por compreender o vínculo do usuário com a unidade e/ou profissional. A consolidação da Estratégia Saúde da Família nos sistemas municipais de saúde tem provocado importante movimento reordenando o modelo de atenção.
Objetivos: Refletir sobre as práticas gerenciais adotadas por um gestor de um centro de saúde do município de Campinas.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Realizado levantamento bibliográfico utilizando os descritores: gestão de serviços de saúde e papel do gestor. Relato da prática de gestão de um centro de saúde que conta com 4 ESF incompletas, responsável por uma população de 23000 hab, com alta SUS dependência. A unidade funciona de 2° a 6° feira, 7 às 21 hs, realiza os seguintes procedimentos: coleta de exames laboratoriais (semanal domiciliar), vacinas, curativos, inalação e medicações, atendimento a queixas agudas, agendamentos; consultas: clínica, pediatria, ginecologia, psiquiatria, psicologia e enfermagem. Campo de estágio: residência medicina de família e psiquiatria; graduação Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia, e cursos técnicos.
Resultados: A boa comunicação aparece enquanto estratégia crucial nas relações da tríade gestor, trabalhador e usuário. Colegiado gestor, núcleo de saúde coletiva e conselho local são dispositivos potentes para socialização de informação, construção coletiva de projetos a partir de priorização de ações e tomada de decisões compartilhadas comprometendo os envolvidos e trazendo maior legitimidade ao gestor. A intersetorialidade também é ferramenta importante para ampliação da capacidade de resposta. Dificuldades em sistematizar ações de gestão podem gerar insatisfação, faz-se necessário uma avaliação da produção pela melhora da satisfação dos usuários e trabalhadores e monitoramento dos indicadores.
Conclusão ou Hipóteses: O gestor pode ser considerado instrumento facilitador ou dificultador do processo de cuidado, a execução propriamente dita ficará a cargo dos trabalhadores e usuários. Compete ao gestor local ampliar sua capacidade de governança, reconhecer sua governabilidade e projeto de governo, sendo a co-responsabilização dos sujeitos aliada a ampliação do grau de autonomia essencial para o êxito do processo.
Palavras-chave
Texto completo:
Sem títuloApontamentos
- Não há apontamentos.