Realidade dos serviços de saúde mental em duas unidades básicas de saúde

Amanda Baião, Leonardo de Souza Fernandes, Pâmela Thaís Santos Brandão, Adailde Miranda da Silva Carvalho

Resumo


Introdução: Segundo o Ministério da Saúde, depressão e ansiedade deverão chegar em 2020 com prevalência de 90% das doenças mentais. Quanto ao uso de álcool e drogas, 6 a 8% da população precisam de atendimento regular. Diante disso, sendo a saúde um estado de bem estar físico, psíquico e social, é evidente a importância da saúde mental na atenção básica devido à proximidade com a maioria das comunidades.

Objetivos: Descrever a situação da saúde mental na atenção primária, identificando as ações de prevenção e assistência prestadas direta ou indiretamente pela Equipe da Saúde da Família (ESF) aos portadores de sofrimento psíquico em duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Porto Velho, Rondônia.

Metodologia ou Descrição da Experiência: É um estudo qualitativo descritivo do tipo seccional realizado em duas UBS nos meses de janeiro e fevereiro de 2013, em que foram entrevistados gestores, médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de ambas as unidades. Essas entrevistas tiveram a finalidade de compreender as ações de prevenção e assistência prestadas aos portadores de transtornos mentais, além de conhecer a realidade de cada profissional integrante quanto ao entendimento acerca das doenças psíquicas, capacitações obtidas e opinião pessoal do que poderia ser melhorado nessa área.

Resultados: As duas unidades não contavam com programas específicos, não possuíam nenhum projeto que visasse à prevenção e tinham pouca ou nenhuma capacitação em saúde mental. Ambas as UBS mantinham parceria do Núcleo de Apoio a Saúde da Família, dando suporte a ESF nas visitas domiciliares com a presença de psicólogos, pelo menos uma vez por semana. Durante as visitas domiciliares as equipes acompanham os indivíduos que fazem tratamento e observam se estão sendo seguidos. Já com as pessoas que não fazem uso de nenhum tratamento, mas que ocorreu alguma mudança de comportamento, a conduta é agendar uma consulta na unidade e, se precisar, encaminhar para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

Conclusão ou Hipóteses: Concluiu-se que ambas as UBS não seguem as diretrizes da Associação Brasileira de Psiquiatria e Ministério da Saúde para a assistência integral em saúde mental no nível primário. Em vista disso, não estão preparadas para atender portadores de sofrimento psíquico, pois os profissionais destas unidades não se sentem amparados para lidar com esses pacientes e realizar o manejo adequado dos mesmos.




Palavras-chave


Saúde Mental; Atenção Básica; Rondônia.

Texto completo:

Sem título

Apontamentos

  • Não há apontamentos.