Rede de Atenção Primária à Saúde e a prevenção do HIV na região Sul

Daila Alena Raenck da Silva, Ismael Miranda da Rosa, Gabriela Storck, Ataisa Cunha Galan, Mariana Podelesk Tejada de Barros

Resumo


Introdução: Atualmente a capital do Rio Grande Sul apresenta os maiores índices de contaminação pelo HIV. Frente a esse processo iniciou-se a descentralização do diagnóstico. A estratégia encontrada foi implantar o teste rápido diagnóstico na de Atenção Primária à Saúde. A iniciativa teve uma boa evolução e conta com eventos itinerantes na cidade que reúnem profissionais de diferentes serviços da rede.

Objetivos: Apresentar os resultados obtidos da descentralização do diagnóstico do HIV na rede de Atenção Primária à Saúde do Município de Porto Alegre, tendo como foco o uso do teste rápido diagnóstico e as campanhas Itinerantes que ocorreram na cidade.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A iniciativa de descentralização iniciou com um projeto piloto nas Unidades Básicas e Estratégias da Saúde da Família da Região Leste de Porto Alegre. Está área foi eleita devido aos altos índices da epidemia. O processo foi bem desenvolvido nessa região sendo aplicado nas demais áreas da cidade até abranger a totalidade de serviços de saúde. Após um ano de implantação do teste rápido a Secretaria da Saúde lançou eventos Itinerantes no Centro e nos principais parques da cidade reunindo profissionais de diferentes áreas da rede de Atenção Primária à Saúde. Esses eventos focavam a realização de diagnóstico, a prevenção do HIV e a integração entre as equipes.

Resultados: Após um ano de descentralização foram capacitadas 188 unidades de saúde e 531 profissionais. Atualmente 322 profissionais estão em plena execução do teste em suas unidades. O último evento itinerante que ocorreu durante cinco dias em comemoração ao Dia Mundial de luta contra AIDS, em dezembro de 2012. Reuniu 45 profissionais entre eles Médicos, Enfermeiros, Farmacêuticos e Odontólogos. Foram realizados 949 testes, desses 26 apresentaram resultado reagente para o HIV. Houve uma boa aceitação do evento com relatos de satisfação pela aquisição de mais experiência no diagnóstico do HIV e a oportunidade de trabalhar com diferentes profissionais da rede criando um ambiente de troca e conhecimento.

Conclusão ou Hipóteses: A descentralização do diagnóstico do HIV na rede de Atenção Primária à Saúde possibilitou a motivação das equipes e o aprendizado de uma nova tecnologia, bem como incentivou o trabalho com uma patologia muitas vezes esquecida na Atenção Primária à Saúde. Com os projeto itinerantes promoveu a valorização desses profissionais e incentivou a integração das equipes e a troca de saberes e práticas.


Palavras-chave


Diagnóstico de HIV; Descentralização do Diagnóstico; Prevenção

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