Gestão participativa : uma contribuição para qualificar a assistência farmacêutica

Nathália Cano Pereira, Rondineli Mendes da Silva, Giovani Wissocoski Farizelli

Resumo


Introdução: A gestão participativa é um valioso instrumento para a construção de mudanças nos modos de gerir e nas práticas de saúde, contribuindo para tornar o trabalho mais digno e motivador para as equipes. Para promover a maior democratização nos processos de decisão, vários dispositivos/arranjos estão sendo implementados nos múltiplos espaços de gestão do SUS com bons resultados.

Objetivos: Utilizar ferramentas de gestão participativa para construção de um documento balizador das práticas farmacêuticas no município do Rio de Janeiro(Rio).

Metodologia ou Descrição da Experiência: O grupo de trabalho (GT) foi formado por 2 farmacêuticos das 10 áreas de planejamento do Rio e coordenado pela Asssessoria de Assistência Farmacêutica. A metodologia foi apoiada no método da roda proposto por Gastão Wagner. O GT foi dividido 4 grupos onde cada um ficaria responsável por descrever ações farmacêuticas relacionadas a uma linha de cuidado. Cada grupo teria um ativador que mudaria mensalmente. Esse ativador seria responsável por estabelecer contato com a coordenação central, dividir os textos de apoio aos participantes, reforçar o cumprimento dos prazos e motivar o grupo. As escolhas dos ativadores, a definição das atividades e os prazos foram pactuadas coletivamente pelo GT.

Resultados: Os grupos utilizaram diversas ferramentas virtuais como email e blog durante toda construção do documento. O GT se reunia mensalmente para rever o pacto de trabalho, definir novo ativador e estabelecer prazos para as próximas atividades. Ao total, foram realizados 8 encontros presenciais. Foram utilizados como bibliografia de apoio diversos textos do MS e da SMSDC/SUBPAV. O documento foi construído com base em referenciais teóricos e, principalmente, a partir de experiências vividas pelos profissionais em seus locais de trabalho. As ações farmacêuticas foram pensadas para cada linha de cuidado (criança, adolescente, adulto e idoso), considerando a proposta de organização da SUBPAV.

Conclusão ou Hipóteses: O documento foi construído e, posteriormente, revisto por pesquisadores do NAF/ENSP. Espera-se que uma nova gestão do trabalho nas organizações de saúde reconheça a indissociável relação entre trabalho da macrogestão e trabalho da ponta, possibilitando a ampliação da capacidade de produção em saúde e, ao mesmo tempo, a realização dos trabalhadores.


Palavras-chave


Gestão Participativa; Assistência Farmacêutica; Método da Roda

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