Fluxos de informação no SisHiperdia
Resumo
Introdução: Estudos recentes apontam que as tecnologias de informação e comunicação (TICs) podem contribuir nesse processo, com potencial para auxiliar na formulação de políticas de atendimento integral à população. Enquanto um estudo exploratório, a presente pesquisa focou no sistema de cadastramento e acompanhamento dos Hipertensos e Diabéticos (SisHiperdia).
Objetivos: Este artigo tem como objetivo analisar, junto aos profissionais de saúde, como uma tecnologia da informação participa e potencialmente pode participar na construção dos processos de trabalho de uma unidade de atenção à saúde.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Com a proposta de compreender a construção do processo de trabalho relacionado ao uso do SisHiperdia, identificando as dificuldades e as soluções apresentadas pelos profissionais de uma unidade de saúde da cidade de Belford Roxo, a proposta metodológica envolveu uma triangulação de métodos; busca e análise documental de materiais disponibilizados pelo Ministério da Saúde (MS) relacionados à orientação do fluxo de informação do SisHiperdia; observação do processo de trabalho na unidade, com vistas a identificar o fluxo de informação do Hiperdia; além da realização de um grupo focal na unidade básica de saúde no município de Belford Roxo.
Resultados: Os resultados apontam que a baixa adesão às tecnologias de informação e comunicação em saúde não é apenas resultado de despreparo do profissional, mas é também influenciada por fatores que envolvem o significado do trabalho e o agir em saúde. Fatores que levam a uma percepção, por parte do profissional, sobre o uso das TICS’s, como apenas um processo burocrático e não clinico. Esta visão, leva a uma baixa adesão dos profissionais na construção de uma atenção voltada para o uso dos sistema de informação como um instrumento capaz de apresentar as demandas dos usuários e no planejamento das ações das unidades de saúde.
Conclusão ou Hipóteses: A educação permanente pode auxiliar na valorização do trabalho em saúde, e com essa perspectiva, aliar o uso das ferramentas de informação e comunicação ao cotidiano de trabalho do profissional de saúde. A proposta de educação permanente deve ser construída no serviço, uma construção em ato, com a participação dos próprios profissionais.
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