NASF Brazlândia: uma experiência de implementação
Resumo
Introdução: Os primeiros profissionais lotados no NASF de Brazlândia chegaram à regional em 2009, contudo, a forma de atuação foi limitada ao atendimento ambulatorial. Com a chegada de novos profissionais, o NASF foi se fortalecendo e em 2011 passou a atuar como equipe de apoio matricial. Composto por assistente social, fisioterapeuta, nutricionista e psicóloga o Núcleo é responsável por apoiar 10 equipes.
Objetivos: Descrever o processo de implementação do NASF na cidade de Brazlândia/DF, promover a adesão das equipes às atividades do NASF, transformar a visão curativista e ambulatorial em uma visão mais integral, utilizando o apoio matricial como ferramenta principal.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Carga horária deficitária, baixa intersetorialidade da saúde, desfalque de profissionais nas equipes, falta de apoio dos gestores e alta rotatividade de profissionais impacta negativamente o trabalho do NASF. Com isso, iniciou-se 2011 com o planejamento de ações, permitindo a criação de calendário de atividades e de reuniões. Houve ainda fortalecimento do vínculo entre NASF/ESF com a realização de acolhimento aos novos servidores e de questões próprias das equipes, bem como a ampliação do acesso ao NASF. A partir disso, potencializou-se os grupos, os projetos terapêuticos, consultas e visitas compartilhadas.
Resultados: Fica cada vez mais claro para os integrantes das equipes, para a comunidade e para o próprio NASF que não existem respostas prontas aos problemas trazidos para discussão. A demanda da maioria das equipes passou a não ser mais de um campo específico de cada profissão. Passou-se a construir estratégias para resolver os problemas compartilhando com a equipe e com os dispositivos formais e informais da rede. Dessa forma, o conhecimento sobre os aparelhos sociais e recursos disponíveis para enfrentamento dos problemas mais comuns é ampliado. Observou-se uma maior autonomia e resolutividade das equipes com uma visão para além da segurança dos consultórios e da medicalização.
Conclusão ou Hipóteses: Algumas ações iniciadas na atenção básica não têm continuidade pela falta de serviços de maior complexidade, pela dificuldade de enxergar o sujeito de forma integral, além do modelo biomédico. Para isso faz-se necessário fortalecer e potencializar o matriciamento por meio das intervenções coletivas, das discussões conjuntas, dos atendimentos compartilhados e das articulações intersetoriais.
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